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sexta-feira, janeiro 02, 2015

O NOVO TESTAMENTO FALA DA PROMESSA DA TERRA DE ISRAEL AOS JUDEUS?

A cada passo ouço e leio alguns "entendidos" afirmarem que os judeus perderam o direito à Terra de Israel, porque desobedeceram aos mandamentos de Deus e crucificaram o Messias. 
Cegos pelo seu anti-semitismo encapotado, esses "cristãos" alegam ainda que no Novo Testamento (Nova Aliança) não há qualquer menção à promessa feita por Deus aos judeus de lhes dar uma terra, pelo que - concluem eles - se na Nova Aliança não há alusão a isso, é porque certamente essa promessa não é mais válida para os judeus actuais. Israel é pois, para esses "entendidos", um mero país, nada tendo a ver com o cumprimentos das promessas feitas por Deus aos judeus para os "últimos dias".
Nada mais longe da realidade! Tenho notado em alguns, que o anti-semitismo enraizado nas suas mentes e originado por alguns "pais da Igreja", praticado por Roma e verberado por Lutero, os impede de ler o Novo Testamento com isenção de ideias pré-concebidas anti-sionistas e desgraçadamente ensinadas em inúmeros púlpitos de igrejas ditas cristãs e até em escolas supostamente bíblicas.
É que uma leitura correcta do Novo Testamento leva-nos exactamente à conclusão de que, não só as promessas de Deus ao povo judeu jamais foram anuladas, mas foram até relembradas pelo próprio Messias Jesus e muito especificamente pelo grande apóstolo judeu Saulo, mais conhecido como Paulo!

O MESSIAS JESUS CONFIRMA UM REINO FÍSICO EM ISRAEL
Sabemos que o Messias Jesus veio ao mundo para resolver o problema espiritual da humanidade. Obviamente que Ele focalizou o Seu ministério de ensino, revelação, curas e sacrifício expiatório em Israel, centralizando a Sua acção prioritariamente no povo judeu e prometendo um Reino que, embora de cariz inicialmente espiritual, viria mais tarde a concretizar-se também no sentido físico e material. 
A grande prova de que Ele nunca negou nem anulou a promessa divina de uma Terra para aquele povo está na pergunta feita pelos Seus discípulos judeus provavelmente a poucos minutos da Sua ascensão aos céus: "Então os que estavam reunidos Lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" - Livro dos Actos dos Apóstolos 1:6.
Pense agora um pouco comigo: se a promessa do reino (um governo com uma terra - Israel) prometido aos judeus no Antigo Testamento tivesse sido anulada ou tivesse prescrevido com a morte de Jesus, portanto com o início de uma Nova Aliança, não é mais que lógico esperar-se que diante desta pergunta o Messias respondesse algo como: "Meus filhos, isso já não será mais para vós, os judeus, tudo isso prescreveu com a minha morte e com a nova aliança que fiz convosco"? Em outras palavras, Jesus teria claramente respondido que isso tinha acabado, e que fazia parte de uma velha aliança já prescrita, etc.
Mas não! O Messias Jesus, ao responder, consentiu com essa expectativa, confirmando-a com as seguintes palavras: "Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para Sua exclusiva autoridade." Ou seja: Ele confirmou a realidade da restauração futura do reino a Israel, apenas esclareceu que o "timing" para esse evento era algo que não lhes pertencia saber, era um assunto de exclusivo conhecimento e responsabilidade do Pai.
E o Messias prosseguiu o diálogo, dando-lhes uma tarefa de grande responsabilidade, de âmbito planetário, algo com que eles e seus sucessores (Igreja) se deveriam ocupar até à restauração de Israel: a proclamação do reino de Deus, ainda não físico, mas espiritual, no coração de cada homem e mulher.
Resumindo: O Messias Jesus confirmou a restauração futura do reino físico a Israel. Isso inclui um governo central em Jerusalém e uma terra, a terra de Israel, exactamente como os profetas do Antigo Testamento anunciaram.

A CONFIRMAÇÃO NOS ESCRITOS DO APÓSTOLO SAULO/PAULO
Todos os cristãos reconhecem que o mítico judeu Saulo (ou Paulo), convertido a Cristo e tornado apóstolo, tornou-se no grande teólogo da Igreja do primeiro século. As suas cartas e epístolas são sem qualquer dúvida matéria indispensável para o entendimento da salvação espiriritual, da fé cristã e da essência e correcto funcionamento da Igreja do Messias Jesus. Em outras palavras, os ensinamentos revelados por Paulo são incontornáveis para o conhecimento da experiência cristã. 
Sendo ele um judeu que até se orgulhava da sua raça e formação rabínica, e tendo recebido instruções directas de Jesus - segundo ele mesmo afirmou - é de se esperar que ele nos possa elucidar correctamente sobre tão importante questão. E, ao contrário do que pensam os opositores ao plano futuro de Deus para Israel, o grande "apóstolo dos gentios" vem exactamente confirmar tudo aquilo em que cria e que certamente teria constado do currículo da grande escola rabínica onde estudou, na cidade de Jerusalém.   
Antes de ler cuidadosamente os textos abaixo, peço que tenha sempre em mente que aquilo que Paulo escreveu foi já dentro do tempo da Nova Aliança, portanto já na actual época da Igreja do Messias.

1º - PAULO ENFATIZA A IMPORTÂNCIA DOS JUDEUS
"Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus" - Romanos 3:1-2.

2º - PAULO PROVA QUE DEUS NÃO MUDOU OS SEUS PLANOS EM RELAÇÃO A ISRAEL
"E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso todo o homem..." - Romanos 3:3 e 4.

3º - PAULO RECONHECE AS PROMESSAS FEITAS A ISRAEL
"São israelitas. Pertence-lhes a adopção, e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas e também deles descende o Messias (Cristo), segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém." - Romanos 9:4-5 (ênfase minha).
É importante notar que dentro do "pacote" oferecido aos judeus com as alianças há sempre a promessa de Terra. O apóstolo lembra também as promessas de Deus feitas a Israel, assinalando-as como ainda válidas, nunca as condicionando a qualquer tipo de comportamento por parte do povo de Israel. Se assim não fosse, Paulo teria escrito: "Pertencia-lhes" (passado) e não "Pertence-lhes" (presente activo).

4º - PAULO NEGA QUALQUER MUDANÇA DOS PLANOS DE DEUS EM RELAÇÃO A ISRAEL
"Pergunto, pois: Terá Deus porventura, rejeitado o Seu povo? De modo nenhum; porque eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o Seu povo a quem de antemão conheceu..." - Romanos 11:1 e 2.
"Porque os dons (dádivas/ofertas) e a vocação de Deus são irrevogáveis" - Romanos 11:29.

A Bíblia é toda ela um só Livro, uma só revelação, um só Autor, o Qual jamais Se iria contradizer, prometendo algo com cariz imutável e incondicional, para depois anular ou alterar as Suas promessas... Nunca Ele o fez nem fará! Esse é o Deus das promessas, o Deus de Israel!

Shalom, Israel!

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6 comentários:

  1. Concordo plenamente com você, amado irmão! Cristão autêntico não falsifica as Escrituras Sagradas, e nem as coloca num invólucro a fim de adaptar às suas conveniências doutrinárias. É uma pena que pessoas que cristãs dizem ser aceitem no seu cabide doutrinário a falaciosa teoria da substituição,
    Um abraço!
    Deus abençoe Israel!

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  2. Bom! Sou Cristão Protestante! Reconheço a importância de Lutero para o mundo cristão, a sua coragem, porém ele não está acima das Escrituras.

    Qualquer leitor da Escritura, que é sincero em seu exame, há de entender que Israel é alvo do amor, proteção e zelo da parte do Senhor.

    Certamente, Israel será exaltado dentre as nações, nos últimos dias.

    Zacarias 8:23 "Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que D-us está convosco."

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  3. A Paz do Senhor Jesus Cristo!

    Muito oportuno esse esclarecimento, esse é o tipo de assunto que a Igreja precisa compreender definitivamente, pois muitos fiéis tem negado esse fato apesar de demonstrarem profundo conhecimento do evangelho, digo isso não somente pelas teses que querem substituir Israel pela Igreja, mas também, pelos blogs de irmãos que não estão ligados a denominações e dizem seguir apenas a palavra e são duramente repreendidos, refutados em artigos que defendem esta proposta e apesar disso não sentem convencidos.

    Mas o nosso compromisso é com a Verdade, uma vez que sem ela Israel não poderia contar com uma grande aliada a "A Noiva do Cordeiro".
    É por isso que o irmão tem grande êxito neste Blog, que além de manter a Igreja muito bem informada apresenta o Cristianismo fidedigno com a Palavra do Altíssimo Pai.

    Oremos pela Paz em Israel!

    Maranata!

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  4. Satisfação plena neste artigo sobre este assunto. Mesmo examinando o Novo Testamento em meus tempos não hebraicos, nunca vi Yeshu''a ou os apóstolos desprezando Israel como grande parte do cristianismo fez muito e ainda faz. Em minhas andanças quando tento ajudar líderes cristãos sempre vejo missionários ou servos inflamados lutando para defender a substituição que nem sequer compreendem. Os judeus messiânicos seriam ou talvez sejam o melhor diálogo de transição, mas para pessoas sem compreensão eles despertam muita suspeita. Acredito muito na consciência individual de cristãos das diferentes igrejas como fator de mudança positiva.

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  5. Participo de uma igreja que pela ordem de seu líder crê justamente que Israel é um país como outro qualquer. Sempre me perguntei como um homem tão cheio do Espírito de D'us como foi o fundador da mesma pode professar uma besteira como essa.Lamentável.

    As promessas de D'us são claras e irrevogáveis para Israel e todo o seu povo.

    Fabiana Leite

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  6. O antissemitismo se infiltrou na educação mundial há mais de dois mil anos. Muitas pessoas íntegras são afetadas e por gerações suas comunidades se desenvolvem nessa gigantesca cilada. Isso não impede muita gente de ser amável, sociável ou mesmo notável no que vive. A questão judaica biblica vai muito mais além e exige de nós compromisso com desafios únicos e elevados. Por exemplo, quando a escravidão foi normal, muita gente boa não se sentia abalada, mas hoje abominamos a recordação da escravidão imputada aos africanos. E as sociedades escravizadas, torturadas, violadas e chacinadas de atualmente? Muita gente boa, talvez bons religiosos, nem sequer pensam nisso. Todos deveriamos sofrer, ansiar e nos predispor a lutar pelo bem estar dessa gente tão humana e sagrada quanto cada um de nós. Talvez isso comece a indicar porque parece fácil muita gente ser antissemita ou o equivalente. Entendo e posso dizer a qualquer um que eu ame e estime que o ensino da substituição é de caráter antissemita assim como vejo no mesmo uma ofensa inaceitável contra Iehouah - O Creador -, contra a Bíblia, a Cultura Hebraica, Yeshu''a - O Mashiach percebido por seus seguidores -, e a boa decência da correta raça humana. Conheci missionários antissemitas aparentemente amorosos. Que a consciência de cada um responda por suas posições e aquelas que aceita.

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