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segunda-feira, dezembro 15, 2025

O MASSACRE DE ONTEM É O FRUTO DE ANOS DE ANTISSEMITISMO TOLERADO PELO GOVERNO AUSTRALIANO


O governo israelita acusou o governo de Camberra de ter andado a ignorar os constantes incidentes antissemitas que têm sido frequentes na Austrália, em especial após o massacre do 7 de Outubro de 2023. Alguns líderes chegam a condenar o governo australiano, acusando-o de "ter sangue nas suas mãos." O recente reconhecimento de um "estado palestiniano" por parte do governo de Camberra veio certamente dar mais "gás" ao ódio antissemita que se tem verificado naquela nação.


Há pelo menos até agora o registo de 15 vítimas mortais do ataque de ontem perpetrado por 2 assassinos (pai e filho) de origem paquistanesa numa famosa praia de Sidney, Bondi Beach, onde judeus estavam reunidos para celebrar a festa judaica do Hanuká. Entre as vítimas mortais contam-se rabis, um sobrevivente do Holocausto, e uma criança de 10 anos. 


Não fosse a heróica intervenção de Ahmed al Ahmed, um árabe sírio cristão maronita, que conseguiu dominar e desarmar um dos terroristas, o número de vítimas seria certamente bastante maior. Estão vários feridos ainda hospitalizados, alguns em estado grave. Entre os mortos, está o companheiro idoso de uma sobrevivente do Holocausto, que foi assassinado quando protegia a sua companheira dos tiros disparados aleatoriamente. 


Um dos terroristas, Sajid Akran, de 50 anos, que as autoridades informaram ter 6 armas, foi abatido pela polícia na zona do ataque. Naveed Akram, de 24 anos, conseguiu sobreviver, encontrando-se hospitalizado, e se sobreviver terá de enfrentar a justiça australiana. 

Netanyahu acusou o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese de "ter derramado combustível sobre este fogo antissemita", acrescentando que as políticas do governo australiano, ao terem reconhecido um estado palestiniano só vieram encorajar os "odiosos antissemitas que calcorreiam as vossas ruas. O antissemitismo é um cancro. Ele espalha-se enquanto os líderes ficam silenciosos. Vocês têm de converter a fraqueza em acção."

O presidente israelita Herzog condenou o ataque terrorista, classificando-o de "cruel", e apelou a Canberra para que "combata a enorme onda de antissemitismo que contagia a sociedade australiana."

O governo australiano recebeu vários sinais de alerta ao longo dos últimos meses, tendo fechado os olhos a apelos nas ruas tais como "globalizem a Intifada." A Austrália tem registado muitas centenas de incidentes antissemitas nestes últimos meses, sendo que o governo nada tem feito de concreto para tentar impedir ou desmotivar tais actos criminosos. 

LIGAÇÕES AO ISIS?

O governo australiano está a investigar possíveis ligações do massacre ao Irão, sabendo-se que um dos criminosos tinha sido procurado em 2019 por ligações ao ISIS. Foi encontrada uma bandeira do movimento terrorista no carro dos terroristas, pai e filho, de 50 e 24 anos respectivamente. 


Este foi um dos maiores massacres ocorridos na Austrália nestas últimas décadas. 

Shalom, Israel!



sábado, dezembro 13, 2025

SENSACIONAL DESCOBERTA ARQUEOLÓGICA EM JERUSALÉM!


A poucos dias da celebração da festa judaica da Hanuká - a Festa das Luzes - os arqueólogos israelitas descobriram uma enorme muralha da época dos macabeus hasmoneus. 

A meio dos trabalhos de renovação da Torre de David, a inesperada descoberta não poderia ser em melhor altura do ano, uma vez que a festa do Hanuká lembra quando os macabeus hasmoneus combateram e venceram os opressores colonizadores gregos cerca de 162 anos antes de Cristo. 

A Torre de David é uma parte icónica da antiga cidade de Jerusalém, tendo sido convertida num impressionante museu. A Autoridade para as Antiguidades de Israel tem estado a realizar escavações neste sítio histórico em preparação para a nova "Ala de Arqueologia, Arte e Inovação Schulich", a qual fará parte do complexo "Kishle" do museu. 


Durante a escavação os arqueólogos  escavaram parte da antiga muralha da cidade datada do segundo século a.C. É uma das mais extensas muralhas jamais encontradas em Jerusalém, encontrando-se num bom estado de conservação. 

"A nova secção escavada, conhecida nas antigas fontes históricas como "Primeira Muralha" é particularmente impressionante, tanto na sua dimensão, como no seu grau de preservação: cerca de 40 metros de comprimento, e 5 de largura."

"A muralha está meticulosamente construída com pedras grandes e pesadas, trabalhadas à maneira típica daquela época. A muralha massiva original elevava-se a mais de dez metros! Aquilo que se vê agora é um tamanho reduzido do que era. Na época do Segundo Templo a muralha da cidade hasmoneana também rodeava o Monte Sião, onde têm sido encontrados restos da mesma, bem como na Cidade de David, no pátio da Cidadela de David, e ao longo da fachada exterior da muralha ocidental da cidade antiga de Jerusalém."

O antigo historiador Flávio Josefo descreveu a assim-chamada "Primeira Muralha" como "inexpugnável", tendo 10 metros de altura e com 60 torres posicionados ao longo da sua extensão.

"Das 3 muralhas, a mais antiga, devido às ravinas circundantes e à colina acima sobre a qual foi criada, era praticamente inexpugnável. Mas, para além da vantagem da sua posição, foi também fortemente construída" (Flávio Josefo, na Guerra dos Judeus, Livro 5, capítulo 2).

"Este segmento da antiga muralha de Jerusalém escavada pela Autoridade das Antiguidades de Israel é uma evidência tangível e emotiva do poder e estatura de Jerusalém durante o período hasmoneu. As descobertas arqueológicas permitem-nos conectar à continuidade histórica que nos prende a nós, gerações de judeus, a Jerusalém, e demonstra e exibe ao mundo a nossa herança da qual nos orgulhamos. É empolgante ver como as histórias do Hanuká estão ganhando vida no terreno."

Esta muralha ficará patente ao público que visita o Museu da Torre de David. Os visitantes caminharão sobre um chão de vidro transparente por cima das antigas pedras, e, em conjunto com interpretações de artistas contemporâneos, esta ala trará uma nova conexão à História e ao património da Cidade.

Shalom, Israel!

segunda-feira, dezembro 08, 2025

DE VISITA A JERUSALÉM, O CHANCELER ALEMÃO AFIRMA APOIO A ISRAEL


O chanceler alemão Friedrich Merz está de visita a Israel, tendo ontem visitado o primeiro-ministro Netanyahu e diversos ministros do gabinete ministerial. O líder alemão já se tinha reunido com o presidente Isaac Herzog. Houve ainda um encontro com o líder da oposição Yair Lapid. 


Merz visitou também o Museu do Holocausto, onde declarou: "Curvo-me diante dos 6 milhões de homens, mulheres e crianças de toda a Europa que foram assassinados por alemães por serem judeus." 
E acrescentou: "A Alemanha tem de apoiar a  existência e a segurança de Israel", aludindo ainda à "duradoira responsabilidade histórica" do seu país pelo Holocausto. 

A visita de Merz representa a primeira de um líder europeu desde o início do cessar-fogo em Gaza, com Israel dando assim sinais esperançosos de que a situação no país está lentamente a voltar à normalidade após dois anos de guerra. Em comparação a outros países europeus, a Alemanha permanecer fiel a Israel durante todo o percurso da guerra em Gaza. Merz foi um dos últimos líderes europeus a impôr um embargo de armas a Israel, que foi apenas parcial, e que foi levantado logo após o acordo de cessar-fogo. 

A Alemanha não se juntou à França e ao Reino Unido na pérfida decisão de reconhecer um pseudo-estado palestiniano durante a última assembleia geral da ONU.

Falando ao lado de Netanyahu numa conferência de imprensa, o chanceler explicou que Berlim ficaria ao lado de Israel, em parte pela culpa no Holocausto, acrescentando contudo que o seu governo acredita que Israel deveria ter conduzido os aspectos humanitários da guerra numa forma diferente. Segundo ele, o embargo parcial na venda de armas foi uma forma de levar a mensagem.

Merz mencionou ainda que a Alemanha bloqueou por diversas vezes tentativas internacionais para prejudicar Israel, dando como exemplo a ameaça germânica de sair do festival da Eurovisão no caso de Israel ser excluído. 

O líder da oposição israelita agradeceu a Merz ter levantado o embargo e "o seu apoio para o regresso dos reféns".

Na conferência de imprensa conjunta, Netanyahu assinalou o carácter "aberto e honesto" revelado nas conversações telefónicas, mesmo quando há desacordos. "Mas estas são conversas abertas entre amigos e pessoas que se respeitam mutuamente." Netanyahu elogiou ainda as recentes declarações do chanceler na Turquia sobre "aquilo que Israel tem estado a fazer pelo resto da humanidade."

Netanyahu afirmou que "Israel mudou a História judaica no sentido de que aqueles que nos querem mal já não nos conseguem aniquilar...ainda que nos cerquem de morte, tal como o Irão tentou com os seus párias. Nós empurrámo-los."

O primeiro-ministro aludiu ainda à diferença de opinião sobre a questão dos 2 estados, explicando que "o propósito de um estado palestiniano é o de destruir o único e singular estado judaico. Eles já tiveram um estado em Gaza, o qual foi usado para tentar destruir o estado judaico."

"Aquilo em que sempre insistiremos é que o soberano poder de segurança desde o rio Jordão, que é aqui ao lado, e o Mar Mediterrâneo, que é mesmo ali, esteja sempre nas mãos de Israel,"

Netanyahu disse ainda estarem a decorrer conversações sobre o aprofundar da cooperação na área da defesa entre os dois países. Na semana passada a Alemanha recebeu e instalou a primeiro bateria do sistema de defesa anti-aérea israelita Arrow-3, visando defender a Europa central contra potenciais ataques de mísseis balísticos por parte da Rússia. 

A Alemanha alterou radicalmente o seu perfil de segurança nacional como resultado da invasão russa da Ucrânia em 2022, estando actualmente a esforçar-se para actualizar e fortalecer as suas capacidades de defesa após décadas de negligência, e isso em parte através da compra de tecnologia israelita.

"Israel e a Alemanha são duas das mais avançadas economias do mundo. Temos gente extraordinária, pessoas extraordinariamente dotadas, e nos campos da alta tecnologia, high tech, deep tech, IA, quantum, todas essas coisas que irão alterar a face deste planeta e o futuro da humanidade."

"Ao trabalharmos juntos, não apenas podemos melhorar os cidadãos de Israel e da Alemanha, mas penso que também o mundo e a nossa vizinhança próxima no Médio Oriente. Abordámos essas questões e estamos preparados para juntos agarrarmos o futuro".

E concluiu: "Tenho que dizer, Friedrich: penso que estamos no limiar de uma nova era, pois acho que atingiremos a expansão da paz. Penso estarmos numa nova era, pois acho que as possibilidades da tecnologia com todos os seus riscos, especialmente na IA, mas com os seus feitos positivos são imensos em todos os campos, desde a agricultura à saúde e aos transportes. Penso que estamos juntos, podemos liderar isto, tornando-nos numa potência dianteira no avanço da humanidade."

Shalom, Israel!


quinta-feira, dezembro 04, 2025

APÓS ALERTAR POPULAÇÕES LOCAIS, ISRAEL BOMBARDEOU DEPÓSITOS DE ARMAMENTO DO HEZBOLLAH NO LÍBANO


É mais que evidente que o grupo terrorista do Hezbollah está a rearmar-se com equipamento vindo do Irão, contrariando dessa forma e sistematicamente o acordo de cessar-fogo estabelecido desde há meses. O grupo tem estado presente a Sul do rio Litani, na zona que segundo o acordo não poderia ocupar, e está novamente a armazenar armamento e mísseis destinados a atacar novamente Israel.

O estado judaico tem insistido nos seus apelos ao governo libanês para que, segundo o acordado, desarme o grupo terrorista, mas talvez por medo ou simples incapacidade o governo do Líbano não o tem estado a fazer, pelo que Israel não tem outra alternativa que não a de atacar as bases onde se apercebe que o Hezbollah tem estado a concentrar armas para atacar Israel. 

Esta manhã a aviação israelita lançou fortes bombardeamentos contra depósitos de armas no Sul do Líbano. Os mesmos foram realizados após avisos de evacuação às populações locais feitos pelos militares israelitas. Segundo as IDF, os depósitos de armas estavam instalados "no coração da população civil", constituindo "uma violação dos entendimentos entre Israel e o Líbano."

"Este é mais um outro exemplo do uso cínico que o Hezbollah faz dos civis libaneses como escudos humanos e das contínuas operações a partir de áreas civis."

Shalom, Israel!

segunda-feira, dezembro 01, 2025

ISRAEL ASSINALA A EXPULSÃO EM MASSA DE QUASE 1 MILHÃO DE JUDEUS DE PAÍSES ÁRABES EM 1948


O dia de ontem assinalou a efeméride anual do "Dia da Partida e Expulsão de Judeus de países Árabes e do Irão", comemorando o desenraizamento de antigas comunidades judaicas nessas regiões após a independência do estado moderno de Israel em 1948.

Perto de um milhão de judeus foram assim expulsos desde Marrocos, a Ocidente, até o Irão, no Oriente, onde já viviam em eras pré-islâmicas, portanto historicamente enraizados nessas regiões. No total, contam-se em cerca de 850 mil os judeus que fugiram aos pogroms antissemitas ou que foram expulsos de nações árabes, ao que se juntam uns 100 mil fugidos do Irão. 


Segundo estimativas do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, viviam cerca de 265.000 judeus em Marrocos em 1948, 140.000 na Argélia, 105.000 na Tunísia, 38.000 na Líbia, e 100.000 no Egipto. Num Médio Oriente mais amplo, inclui-se a existência de 135.000 judeus no Iraque, 60.000 no Iémen, 30.000 na Síria, e 7.000 no Líbano. 

A vasta maioria de judeus do Norte de África e do Médio Oriente realojaram-se no recém-formado estado judaico, bem como na França, Reino Unido, Itália e Estados Unidos. 

Menos de 10.000 judeus residem actualmente em países árabes, como resultado daquilo que foi de facto uma "limpeza étnica" e apropriação indevida de propriedade judaica avaliada em biliões de dólares. 

Israel designou o dia 30 de Novembro - o dia seguinte ao da histórica decisão da partição da Palestina entre judeus e árabes pela ONU - como o dia anual para assinalar a expulsão dos judeus do Médio Oriente. 

"Não é por acaso que este dia é assinalado a seguir ao 29 de Novembro" - afirmou Netanyahu, acrescentando - "Os países árabes, que nunca aceitaram a declaração da ONU para o estabelecimento de um estado judaico, forçaram os judeus que viviam nos seus territórios a abandonar as suas casas, deixando para trás todos os seus bens."

"Em várias situações, as deportações foram acompanhadas de pogroms e de violência contra os judeus. Temos agido, e continuaremos a agir para que tanto eles como as suas reivindicações não fiquem esquecidas."

O mundo árabe muçulmano rejeitou completamente o plano da ONU para a partição do Mandato Britânico na Palestina em dois estado separados, judeu e árabe. Apesar de algumas reservas, a liderança judaica aceitou o plano. Uma das objecções judaicas tinha a ver com a exclusão de Jerusalém das áreas propostas como parte de um futuro estado judaico. Foi então que rebentaram pogroms anti-judaicos pelo mundo árabe e muçulmano como resultado do voto de 29 de Novembro de 1947. No Iémen, por exemplo, foram assassinados 82 judeus durante o pogrom "Aden" (30 de Novembro - 2 de Dezembro de 1947). Em Aleppo, na Síria, centenas de residências de judeus foram queimadas e sinagogas antigas e rolos da Torá destruídos por multidões. 

Omri Schwartz descreveu a expulsão dos seus avós do Iraque: "Os meus avós, tal como toda a comunidade judaica do Iraque, foram expulsos após 2.000 anos de presença no país. Depois da vitória israelita em 1948, a população vingou-se contra os judeus no mundo árabe, os seus vizinhos. Os judeus tiveram de fugir, e na maioria dos casos, sem nada."

"Parece quase inacreditável, mas os judeus representavam 20% da população de Bagdade. Hoje, só há 4 judeus em todo o Iraque."

Enquanto a comunidade internacional tem desde há muito focado a sua atenção na situação difícil dos refugiados árabes da guerra de 1948 entre judeus e árabes, os refugiados judeus do mundo árabe e do Irão têm sido praticamente ignorados. 

No decorrer de uma reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em 2017, Hillel Neuer, o então director do Observatório da ONU, sublinhou a história negligenciada dos refugiados judeus do Médio Oriente, os quais representam actualmente cerca de metade da população judaica em Israel: 

"Quantos judeus vivem nos vossos países? Quantos judeus é que viviam no Egipto, Iraque, Jordânia, Quwait, Líbano, Líbia, Marrocos?" - questionou Neuer.

"Houve uma época em que o Médio Oriente estava cheio de judeus. A Argélia tinha 140.000. Argélia: onde é que estão os vossos judeus? O Egipto tinha 75.000 judeus. Onde é que estão os vossos judeus? A Síria tinha dezenas de milhares de judeus. Onde estão os vossos judeus? O Iraque tinha mais de 135.000 judeus. Onde estão os vossos judeus?"

Apesar do trauma da expulsão, alguns judeus do Médio Oriente têm mantido laços culturais com os seus países de origem. Como resultado do estabelecimento de relações diplomáticas entre Marrocos e Israel em 2020, os judeus marroquinos têm surgido como uma importante ponte cultural entre as duas nações.

Shalom, Israel!