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"A Palestina é árabe!" - Foram estas as últimas palavras do ditador Saddam Hussein, executado esta manhã por enforcamento. Estas palavras tocaram no coração de muitos palestinianos, especialmente daqueles que em 1991 esperavam que o "amigo" Saddam conseguiria destruir Israel com o lançamento dos famosos 39 scuds, durante a 1ª guerra do Golfo.
Saddam esqueceu-se que "com Deus não se brinca", por isso qualquer ataque ao Seu povo levará mais tarde ou mais cedo a uma retaliação contra os seus autores.
Os residentes de Belém lamentaram a morte de Saddam bebendo café e recordando a Guerra do Golfo.
Fotos em que o "carniceiro de Baghdad" aparecia junto com o "amigo" Yasser Arafat foram penduradas por todo o lado, tanto em Gaza como na Margem Ocidental.
No Sábado de manhã, os cidadãos do Iraque e do mundo inteiro receberam a notícia de que "o criminoso Saddam foi enforcado". O tirano governou o Iraque entre 1979 e 2003, morrendo às 5 da manhã, na presença de várias testemunhas do governo iraquiano e de um clérigo muçulmano.
Saddam, por seu lado, não esqueceu os palestinianos nos últimos momentos de vida. Imediatamente antes de a corda lhe ser colocada à volta do pescoço, ainda clamou: "Allah é grande! Viva a nação iraquiana! A Palestina é árabe!"
Fontes iraquianas presentes na execução disseram que funcionários do gabinete do primeiro ministro iraquiano começaram a celebrar e a dançar à volta do corpo do ditador.
Líderes do Hamas consideraram esta morte como "um assassinato político".
Muitos ainda se lembram das celebrações e cânticos de muitos palestinianos quando caíram os primeiros scuds sobre Israel: "Saddam, ataca Tel Aviv!"
O ditador tornou-se também popular entre os palestinianos quando da última Intifada, em que prometeu transferir 25 mil dólares para cada família em que houvessem mortos nos ataques contra Israel.
A morte de Saddam, contestada por muitos, inclusivamente pelo Vaticano, não terá certamente sido a melhor solução para julgar o criminoso. Aliás, a morte por enforcamento fará dele um mártir, e isso poderá produzir mais combustível para uma fogueira já demasiado acesa no Médio Oriente.
Shalom, Israel!
Sim, sim. Shalom Israel.
ResponderEliminarvoltarei com mais calma ao teu blog. Estou só passeando, mas quero ver mais.
Abraços e um 2007 cheio de conquistas e vitórias, paz e amor.