Afirmações, contradições... tudo a calhar neste "nevoeiro" de informações respeitantes ao acordo do governo norte-americano para a venda dos temíveis aviões de guerra F-35 aos Emirados Árabes Unidos como moeda de troca para a normalização das relações políticas entre aquele país e o estado de Israel...
Contrariando as afirmações de Netanyahu e as hesitações de Trump, um diplomata dos Emirados veio agora dizer que o pedido para a compra dos jactos é anterior ao anunciado acordo entre Abu Dhabi e Jerusalém. Estes comentários deste destacado líder árabe surgem um dia depois do presidente norte-americano ter dito que estava considerando a questão da venda dos aviões, apesar das antigas preocupações israelitas sobre uma alteração do equilíbrio militar da região.
Segundo o político árabe, o recente acordo do seu país com Israel deverá abrir terreno para a compra dos jactos norte-americanos, fazendo questão que o negócio avance: "Temos pedidos legítimos lá. Temos o direito de os obter (os aviões)...toda a ideia de um estado de beligerância com Israel não existe mais."
Netanyahu, entretanto, negou veementemente na passada terça-Feira que o acordo nascente entre Jerusalém e Abu Dhabi incluísse uma cláusula secreta para facilitar a venda dos aviões aos EAU.
Mas há provas de que existiu realmente uma cláusula secreta para esta negociação...
Numa conferência ontem realizada na Casa Branca, Trump informou que realmente os Emirados tinham demonstrado interesse na compra de "alguns" destes jactos. Acrescentou no entanto que tal venda estaria "sob revisão", tendo em vista a nova dinâmica entre Israel e os EAU, visto as duas nações terem decidido reatar as suas relações na semana passada.
Para Trump, o importante é que os EAU têm dinheiro para comprar os aviões: "Eles têm o dinheiro, e gostavam de encomendar alguns desses aviões." E acrescentou: "É o melhor caça do mundo, como sabem, e totalmente invisível (aos radares)."
No dia 7 de Julho ocorreu uma conversa entre Netanyahu e o embaixador dos EUA em Jerusalém, David Friedman, em que o primeiro-ministro expressou claramente a oposição de Israel à venda de aviões F-35 e de outro equipamento militar avançado a qualquer país do Médio Oriente, mesmo que fazendo parte de acordo de paz.
E agora? Quem é o mentiroso? A mim, parece-me que todos. O que infelizmente parece falar mais alto são os interesses financeiros. Especialmente para os EUA...
Shalom, Israel!
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