Em retaliação à ignóbil decisão da União Europeia de obrigar à etiquetagem dos produtos oriundos dos alegados "territórios ocupados" de Israel, O Ministério dos Negócios estrangeiros de Israel convocou o actual embaixador da UE para Israel, Lars Faaborg-Andersen para o informar da suspensão do diálogo diplomático entre Israel e vários importantes fóruns europeus.
"A UNIÃO EUROPEIA DEVIA TER VERGONHA"
Revoltado com a decisão de ontem da Europa dos 28, o primeiro-ministro Netanyahu não se ficou por meias-palavras: "A União Europeia devia ter vergonha." Netanyahu classificou a ignóbil decisão como "hipócrita" e de "padrão duplo."
"A União Europeia decidiu etiquetar apenas Israel, e nós não estamos preparados para aceitar o facto de a Europa estar a etiquetar o lado que está sendo atacado pelo terrorismo" - acrescentou o primeiro-ministro israelita.
Outros ministros israelitas mostraram a sua revolta, expressando-a com palavras como: "uma revoltante decisão anti-semita", "repúdio à decisão que constitui uma mancha moral na Europa."
TROCA DE CARRO EUROPEU POR JAPONÊS
Num gesto repleto de simbolismo, o ministro da Agricultura de Israel, Uri Ariel, decidiu trocar o seu veículo da marca francesa Citroen por um Mazda japonês.
PRESIDENTE ISRAELITA CANCELA VISITA À EUROPA
Outra "resposta" à imbecilidade europeia, foi o cancelamento da visita do presidente israelita Reuven Rivlin à sede da União Europeia em Bruxelas, programada para o próximo dia 2 de Dezembro.
UMA DECISÃO COM EFEITOS CONTRÁRIOS AOS DESEJADOS
As directrizes aprovadas ontem pela União Europeia implicam que os produtores israelitas sejam obrigados a etiquetar explicitamente todos os produtos agrícolas e de cosmética oriundos dos chamados "territórios ocupados" que sejam vendidos dentro do território da União Europeia.
Toda esta ignóbil decisão anti-semita tem a ver com o não reconhecimento europeu da legitimidade da presença de Israel na Judeia e Samaria, Jerusalém oriental e nos Montes Golan, territórios conquistados por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em Junho de 1967. Dessa forma, esses produtos não podem ser rotulados com a etiqueta "Made in Israel" (Feito em Israel), mas deverão informar que são oriundos dos "colonatos", que a União Europeia considera ilegais segundo as leis internacionais.
Os responsáveis por esta perniciosa decisão europeia alegam que desta forma os consumidores poderão tomar uma decisão consciente sobre comprar ou não os referidos produtos.
Só espero que esta idiotioce de alguns anti-semitas europeus acabe por ter um efeito contrário, incentivando muitos europeus como eu a procurarem comprar cada vez mais esses produtos israelitas nas lojas à nossa volta...
E a estupidez é tão grande, que esses indivíduos - tão amigos dos palestinianos - nem entendem que estão exactamente a fazer o contrário do que deviam, uma vez que quem dá emprego a milhares de palestinianos nesses "territórios ocupados" são exactamente os judeus israelitas que, se decidirem fechar as fábricas e deslocá-las para outras regiões do país, contribuirão para o desemprego dos palestinianos tão necessitados da ajuda de Israel...
Há cerca de 15.000 palestinianos a trabalhar actualmente em fábricas israelitas na Samaria e na Judeia, representando cerca de 60% da força laboral.
POUCO EFEITO NA ECONOMIA ISRAELITA
Apesar do efeito moral e das consequências políticas, o efeito na economia de Israel é sem significado de maior, calculando-se que provoque um prejuízo de cerca de 10 milhões de dólares anuais, dos 300 milhões exportados anualmente dos "colonatos."
"A economia israelita é forte e vai resistir a isto" - afirmou Netanyahu, acrescentando: "Quem vai ser afectado serão os palestinianos que trabalham em fábricas israelitas."
Shalom, Israel!