O polémico ministro Itamar Ben-Gvir, representante da ala da extrema direita religiosa do actual governo de Israel tem feito várias incursões ao Monte do Templo de Jerusalém, actualmente conspurcado pela mesquita al-Aqsa e pelo Domo da Rocha, e tem desde há algum tempo estado a incitar os judeus para que assumam o seu direito de subir ao Monte para orar.Este ministro declarou esta manhã que construiria uma sinagoga no Monte do Templo, para que os judeus ali se pudessem reunir para fazer as suas orações.
O local mais sagrado dos judeus pela antiga presença dos Templos de Jerusalém e acarinhado por milhões de evangélicos, não só pela sua história bíblica, como pela convicção de que ali será construído o futuro templo onde o Anticristo se assentará pretendendo ser "deus", que no entanto será derrubado para então ser construído o Grande Templo do Senhor, onde o Messias Jesus irá reinar e para onde afluirão povos de todas as nações, é agora um local conspurcado pela forte presença islâmica, um lugar onde os muçulmanos se reúnem todas as Sextas-Feiras em grande quantidade para rezar ao falso deus Alá, virados para Meca e de costas viradas para o Domo da Rocha. Os muçulmanos inventaram uma narrativa segundo a qual o falso profeta Maomé teria visita Jerusalém na sua "viagem às terras longínquas", tendo ascendido aos céus desde este local sagrado, daí sacralizarem este local cuja História tem a ver unicamente com a história judaica, tornando-o o terceiro lugar mais sagrado do Islão, logo a seguir a Meca e a Medina, ainda que não haja qualquer registo histórico sério que comprove a presença de Maomé neste local, nem o próprio livro sagrado dos muçulmanos - o Corão - sequer o menciona...
Quando da conquista histórica e profética da cidade de Jerusalém pelas tropas israelitas em Junho de 1967, as autoridades de Israel - em especial o então ministro da Defesa Moshe Dayan - fez uma negociação ignóbil com os jordanos, de forma a não ferir a sensibilidade muçulmana, entregando então a administração do Monte ao Waqf - o conselho religioso muçulmano que desde então controla o local, não permitindo aos judeus que ali façam as suas orações. Os muçulmanos designam o Monte do Templo como "Haram al-Sharif", isto é: o nobre santuário. Nessa altura o governo de Jerusalém estabeleceu um regime de status quo ainda em vigor, especificando que os judeus podem visitar o lugar mas não orar ali. Segundo as leis judaicas mais estritas os judeus estão proibidos de se chegarem ao lugar onde outrora foram construídos os Templos, de forma a não pisar indevidamente a área mais sagrada e restrita à qual apenas os sacerdotes coatitas tinham acesso.
Este status quo tem sido repetidamente "violado" nestas últimas semanas por judeus religiosos nacionalistas, incluindo um dia recente em que judeus se prostraram no piso para orar sob o olhar complacente da polícia israelita presente no local.
O ministro Ben-Gvir tem visitado este local por diversas vezes, e proposto que à semelhança dos muçulmanos, os judeus também devam poder orar ali. Ben-Gvir tem sido duramente criticado por alegadamente incitar à violência religiosa e pôr em causa as "alianças estratégicas" feitas com vários países muçulmanos para um provável ataque ao Irão.
Do gabinete do primeiro-ministro surgiu entretanto a resposta de que não haverá qualquer alteração ao status quo vigente.
ONDE SERÁ CONSTRUÍDO O TEMPLO?Desde que visitei pela primeira vez o Monte do Templo em 1991, percebi logo o erro que muitos sinceros estudiosos das profecias têm vindo a propagar de que terá de ser destruído o Domo da Rocha - construído provavelmente por cima do lugar mais sagrado do Templo devido à presença no seu interior da pedra do sacrifício de Abraão - para então se erigir o Templo onde o Anticristo se assentará, conforme vários textos bíblicos indicam. No entanto, ao percorrer todo aquele imenso espaço, percebi que é muito mais viável e lógico construir um santuário judaico a uma curta distância do Domo, talvez até construindo um muro de separação, para que tanto muçulmanos como judeus possam repartir "amigavelmente" o espaço para as suas orações.
Se realmente o Anticristo fizer um acordo de "paz" por 7 anos que será aceite pelos judeus e pelos muçulmanos, não faz qualquer sentido destruir um edifício tão belo e sagrado para os muçulmanos, pois ao contrário de conseguir uma acordo de paz, levaria pelo contrário a um conflito de consequências inimagináveis...! Ninguém com bom senso o faria!
A minha visão é de um acordo com a partilha do espaço entre as duas religiões ali presentes, num acordo que permitirá a própria edificação de um espaço de culto para os judeus. Quem conhecer pessoalmente o local ou fizer uma simples observação do respectivo mapa, perceberá que há um enorme espaço (cerca de metade) que não está ocupado por qualquer santuário islâmico, e que poderia facilmente ser atribuído aos judeus para ali erigirem o seu santuário.
Para além disso, há também um outro ponto de vista de alguns estudiosos, segundo o qual o lugar santíssimo do Templo de Jerusalém não estaria por baixo do actual Domo da Rocha, mas sim a uns 100 metros a Norte, no lugar onde actualmente se encontra o "Domo dos Espíritos", e que pode ser observado numa perfeita linha recta a partir do Portão Dourado, também conhecido como "Portão Oriental", por onde o Messias entrará em Jerusalém.Na verdade, e ainda que não possamos ser peremptórios em relação a estes detalhes, a verdade revelada nas Escrituras é que irá de facto ali existir um Templo - talvez construído ou como parte da "oferta de paz" aos judeus proposta pelo Anticristo - e no qual o "filho da perdição" entrará no intuito de se parecer com o próprio Deus.
Tudo está predito, e tudo vai acontecer conforme os desígnios de Deus. Só não sabemos é quando, contudo está a cada dia mais próximo, e esta ideia do ministro israelita é mais um passo para incentivar os muitos judeus religiosos a acreditarem que o tempo está próximo...Muitos milhares de religiosos anseiam pelo Templo, querem ali realizar os sacrifícios interrompidos com a destruição do Templo de Herodes no ano 70 d.C., e já prepararam todos os materiais necessários para tal...
Shalom, Israel!