quinta-feira, agosto 07, 2025

GABINETE DE SEGURANÇA ISRAELITA REUNIDO PARA DEBATER POSSÍVEL INTERVENÇÃO TOTAL EM GAZA


A discussão promete ser intensa neste final de tarde no gabinete de segurança israelita em Jerusalém. Com luz verde confirmada pelo presidente norte-americano, Netanyahu está decidido a avançar militarmente no restante da Faixa de Gaza, especificamente na capital do enclave, onde reside cerca de 1 milhão de palestinianos. A decisão é muito polémica e está gerando uma grande divisão entre os ministros da coligação governamental e a direcção das IDF - Forças de Defesa de Israel. Muita população tem estado a contestar tal decisão, temendo que a mesma leve à morte dos reféns ainda vivos e certamente à morte de muitos mais soldados nos intensos combates que se prevê irão ter lugar. Netanyahu parece estar impassível nesta decisão, aconselhando inclusivamente o principal chefe militar a se demitir se não estiver de acordo...

Para efectivar tal esforço militar, a população de Gaza city terá de ser previamente evacuada para o Sul. Segundo se tem estado a falar, esta operação, a ser realizada, deverá ter uma duração de 4 ou 5 meses, dada a sua intensidade e especificidade. Supõe-se que os reféns se encontrem em túneis na zona da Gaza city, daí o cuidado extra que as IDF terão nesta possível delicada operação militar. 

"OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA"

Numa entrevista à Fox News norte-americana, Benjamin Netanyahu informou que pretende tomar o controle de Gaza, sem no entanto o querer fazer de forma permanente: "Não queremos mantê-la. Queremos ter um perímetro de segurança, não queremos governar Gaza. Queremos entregá-lo a forças árabes que governem bem o território e que não nos causem ameaças."

A FUNDAÇÃO HUMANITÁRIA DE GAZA VAI FUNCIONAR 24 HORAS POR DIA

Por outro lado, a Fundação Humanitária de Gaza irá aumentar os seus postos de entrega de bens alimentares, dos actuais 4, para 16, de forma a cobrir todo o território de Gaza e facilitar o acesso às pessoas necessitadas. O Hamas tem feito de tudo para impedir esta distribuição, atirando a matar sobre a população que ali se dirige e, por outro lado, saqueando os camiões que têm entrado com ajuda entregue pela ONU. É a própria organização que alega que cerca de 88% desses camiões são pilhados por gangues ligadas ao Hamas. Têm entrado alimentos suficientes para alimentar a população de Gaza por mais 2 meses, mas o Hamas rouba, usa e vende o que sobra a preços astronómicos, de forma a sustentar a sua máquina terrorista. Não admira que haja fome em Gaza...

DE VOLTA ÀS NEGOCIAÇÕES?

Soube-se entretanto há pouco que o Egipto, o Qatar e a Turquia estarão pressionando o Hamas para retornar às negociações, visando finalizar os acordos para um cessar-fogo e libertação dos reféns, prevendo-se que isso possa vir a acontecer na próxima semana. 

O primeiro-ministro Netanyahu já perdeu entretanto qualquer esperança de acordo com o grupo terrorista, tendo dito aos ministros do seu gabinete que não quer preservar o Hamas, mas sim derrotá-lo. Segundo ele, o actual método não deu em nada, pelo que não irão prosseguir no mesmo modelo. 

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