O chão tremeu ontem no palco onde se desenrola a Convenção do Partido Democrata Norte-Americano perante a ruidosa controvérsia relacionada com a referência a "Deus" e o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
A votação foi "empurrada" para a arena da convenção com as fortes críticas do Partido Republicano e a apressada e "conveniente" intervenção do actual presidente Obama.
Quando o presidente da assembleia da convenção apelou por três vezes à votação favorável destas duas alusões a "Deus" e "Jerusalém, capital de Israel", um enorme e ruidoso grupo de delegados gritaram "não!" à proposta. E a proposta só passou à terceira, mesmo assim longe de qualquer consenso...
Muitos participantes no meio da multidão reagiram ruidosamente contra a decisão de incluir estes 2 itens no manifesto político eleitoral.
Segundo fontes bem informadas, foi o próprio presidente Obama que interveio pessoalmente para alterar a linguagem das propostas em ambos os casos. Sobre a referência a "Deus", um representante informou que a resposta do presidente foi: "Por que é que isso foi inicialmente alterado?"
Apesar da "turbulência" na votação, os Democratas acabaram por repôr uma secção relacionada com Israel que tinha sido anteriormente deixada de lado. O texto sobre Jerusalém declara agora que "Jerusalém é e permanecerá a capital de Israel. Os partidos concordaram que Jerusalém é um assunto para negociações sobre o estatuto final. Deverá permanecer uma cidade unida e acessível a pessoas de todos os credos."
Esta alusão a Jerusalém está alinhada com aquilo que os analistas afirmam ser a posição pessoal do presidente, senão até da própria administração, que desde há muito vem dizendo que a decisão sobre o estatuto de Jerusalém é uma matéria que deve ser decidida pelos israelitas e pelos palestinianos nas conversações de paz. Tem havido no entanto uma enorme precaução na administração actual norte-americana em não declarar Jerusalém como capital de Israel.
CAÇA AOS VOTOS DOS JUDEUS AMERICANOSA opinião em Israel é no entanto de que esta declaração "empurrada" por Obama para o texto do manifesto eleitoral de que Jerusalém é a capital de Israel não faz parte das intenções originais do partido.
Nas palavras proferidas hoje pelo o porta-voz do Knesset, Reuven Rivlin, não há dúvida acerca disso: "Não tenho dúvidas de que Obama pôs Jerusalém de volta na plataforma do partido devido a considerações políticas e eleitoralistas, e por causa das duras críticas de Israel e dos EUA."E Rivlin ainda acrescentou: "Este é um sinal problemático, indicando a redução gradual do compromisso do governo americano para com Israel."
ISRAEL CADA VEZ MAIS SOZINHO
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Shalom, Israel!
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