segunda-feira, janeiro 15, 2024

AUMENTA A PRESSÃO SOBRE O GOVERNO DE NETANYAHU PARA A LIBERTAÇÃO DOS 236 REFÉNS


A cada hora e minuto que passa, a vida dos 236 reféns israelitas e de outras nacionalidades há 101 dias sequestrados pelos terroristas palestinianos do Hamas e da Jihad Islâmica corre sérios riscos, uma vez que as condições em que estão são sub-humanas, com má alimentação e condições de higiene, para além da falta de assistência médica e mesmo até de medicamentos. Alguns dos reféns são idosos e uma parte do grupo são pessoas doentes e carecidas de medicação diária e da qual estão agora privados. 

O secretário de estado norte-americano Anthony Blinken pronunciou-se ontem (o 100º dia desde o 7/10) em relação ao assunto, afirmando que os EUA "não descansarão" até que todos os reféns de posse do Hamas sejam libertos. Blinken acrescentou que "100 dias de cativeiro em Gaza é demasiado longo." Do total dos reféns, 6 são cidadãos norte-americanos. 

CRÍTICAS INTERNAS

Netanyahu está sendo acusado por líderes de partidos de oposição de estar a pôr em perigo as vidas dos reféns por causa das suas ambições pessoais de se manter no governo a todo o custo. Segundo Merav Michaeli, líder do partido Trabalhista, "no início da guerra Netanyahu assegurou que os objectivos da guerra eram desmantelar o governo do Hamas e trazer os reféns para casa. 101 dias já passaram, e a verdade tem de ser dita: Netanyahu falhou. Nenhum destes objectivos foi conseguido."

"Aquilo que está sendo requerido para trazer os reféns para casa é um entendimento que inclua a cessação das hostilidades. Cada dia que passa põe em risco a vida dos nossos reféns. Temos de trazê-los para casa já. Mas a cessação das hostilidades põe em risco a continuidade da governação de Netanyahu. A sua coligação quer continuar com a guerra, e para eles trazer os reféns de volta não tem a mesma urgência. Assim Netanyahu está pondo os reféns em perigo para salvar-se a si e ao seu governo. Não podemos permitir que isso aconteça." 

Um pouco por todo o lado realizaram-se ontem manifestações a favor da libertação imediata dos reféns, tendo a mais representativa sido realizada na praça central de Tel Aviv, com o discurso do presidente Herzog sendo interrompido por gritos de "Já! Agora!", em relação à libertação dos sequestrados, numa clara e crescente demonstração de impaciência e até de revolta por parte dos familiares dos reféns ainda nas mãos dos terroristas. 

Shalom, Israel!

1 comentário:

Luciano de Paula Lourenço disse...

O povo israelita e israelense é considerado inteligente por muitos especialistas no assunto. Entretanto, o que se vê nesta manifestação é o contrário. Como o Benjamin vai trazer estes reféns de volta, se não sabem nem onde eles estão? Eles querem que os soldados vasculhem casa a casa, e assim serem assassinados pelos malditos terroristas.
Acho que o problema não é mais o retorno dos reféns, mas pressionar o PM à renúncia. Querem culpá-lo por tudo o que ocorreu. Isso é um absurdo!
Deviam estar ombreados ao PM para derrotar os malditos terroristas. Mas querem dividir o país, que passa por num momento muito difícil. Que povo obstinado!