sexta-feira, dezembro 06, 2024

ATENTA À ESCALADA DE GUERRA NA VIZINHA SÍRIA, ISRAEL REFORÇA PRESENÇA MILITAR NOS MONTES GOLAN


O súbito despertar da "adormecida" guerra fraticida na Síria, em que vários países e grupos se encontram envolvidos naquele país já anteriormente devastado por uma terrível guerra que dizimou meio milhão de pessoas tem levado a que Israel esteja atento e preocupado com o que se passa no seu vizinho a Norte, tanto mais que já há forças rebeldes ligadas a grupos extremistas instaladas perto da fronteira entre os dois países. 

Várias forças combatem o regime sanguinário de Bashar al Assad, que desta vez parece não se estar a aguentar, pese embora o apoio militar do Irão e da própria Rússia. O curdos, a Norte e a Nordeste, já controlam grande parte desta região anteriormente ocupada pelas forças fiéis ao ditador sírio. Segundo informações recentes, este grupo apoiado pelos EUA já conquistou a cidade de Deis Ezzor, e continua a avançar. A Jordânia já encerrou entretanto a sua fronteira com a Síria, tendo algumas das suas forças militares entrado em território sírio para atacar postos militares daquele país. 

Israel tem aumentado entretanto a sua presença militar junto à fronteira com a Síria, encontrando-se em "prontidão máxima." As autoridades militares já avisaram "não tolerar qualquer ameaça junto à fronteira israelita, trabalhando arduamente para obstruir qualquer ameaça às populações de Israel."

O gabinete de segurança de Israel estará reunido amanhã e no Domingo à noite para abordar o actual conflito na Síria, nesta altura em que os rebeldes jihadistas estão a avançar em várias partes do país, temendo-se para breve o colapso do regime da Assad. Israel prepara-se para a eventualidade de o exército sírio colapsar e ter de enfrentar as forças jihadistas. 

Um oficial do exército iraniano informou entretanto que o seu país tenciona enviar drones e mísseis para a "amiga" Síria, de forma a que Assad consiga combater os rebeldes. Teerão já tem estado a fornecer à Síria apoio e informações da inteligência recolhidas através dos seus satélites. O Hezbollah alega ter enviado entretanto um número de "forças de supervisão" do Líbano para a Síria a fim de tentar impedir a tomada da cidade de Homs pelos grupos rebeldes jihadistas. A crescente entrada destas forças na cidade tem levado a que milhares de habitantes fujam da mesma, uma vez que os rebeldes já tomaram conta da importante cidade de Aleppo, no Norte do país, e mais recentemente da cidade de Hama, na região central da Síria. 

Israel confirmou entretanto que a sua aviação bombardeou esta madrugada várias travessias de fronteira e estradas entre a Síria e o Líbano, as quais, segundo as IDF, eram utilizadas para fazer passar armamento para o Hezbollah. Este contrabando de armas entre o Irão e o Líbano era efectuado por uma unidade do Hezbollah. Segundo o acordo de cessar-fogo, Israel pode a qualquer momento atacar movimentações de armas e outras ameaças que visem pôr em perigo a segurança das populações do Norte de Israel. Não é habitual Israel assumir de imediato tais ataques, mas desta vez foi o que aconteceu, talvez para provar ao mundo quem é que realmente está a violar o acordo...

A situação na Síria é realmente explosiva, com vários interesses a querer "comer um pedaço do bolo", desde a Rússia ao Irão, dos EUA à Turquia, já sem falar dos grupos rebeldes jihadistas que ali querem estabelecer um regime semelhante ao existente no Afeganistão. Serão esses os próximos que Israel terá de combater?

Shalom, Israel!

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