Neste Dia Internacional da Memória do Holocausto, 80 anos depois da libertação dos campos de extermínio nazi, e enquanto em Auschwitz se reúnem líderes mundiais para alegadamente honrarem a memória dos 6 milhões de judeus e outros vítimas do terror e do antissemitismo, o presidente de Israel, Isaac Herzog proferiu um acutilante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, não poupando palavras de críticas e acusações aos órgãos internacionais, incluindo a própria ONU.
Segundo Herzog, essas instituições formadas no rasto do Holocausto tornaram-se actualmente distorcidas e hipócritas nos seus ataques a Israel.
Herzog fez alusão ao seu tio-avô, sobrevivente do Holocausto, serviu como promotor público nos julgamentos de Nuremberga, tendo ajudado a estabelecer o Tribunal Internacional de Justiça, tendo mais tarde servido como juiz no mesmo.
"Ele fê-lo com profunda fé e esperança de que as instituições internacionais (incluindo a ONU, o TIJ e o TPI estariam para sempre comprometidos na prevenção desses hediondos crimes para que não se repetissem jamais contra o povo judeu ou qualquer outro povo".
"Contudo" - continuou o presidente - "em vez de cumprirem o seu propósito e combaterem corajosamente contra a epidemia global do terrorismo jihadista assassino e abominável, esta assembleia tem vez após vez demonstrado bancarrota moral."
Herzog acusou o TPI de "hipocrisia revoltante e de protecção dos perpetradores das atrocidades...criando uma simetria distorcida entre a vítima e o monstro criminoso."
O presidente israelita acusou também a ONU e os tribunais internacionais por "permitirem que doutrinas genocidas antissemitas floresçam ininterruptamente no despertar do maior massacre de judeus após a II Guerra Mundial."
Os terroristas "estão agindo para armar as instituições internacionais, minando as razões mais básicas e fundamentais para o seu estabelecimento." E prosseguiu, afirmando que essas instituições "estão a manipular a definição de genocídio com o único propósito de atacar Israel e o povo judeu."
Referindo-se aos reféns ainda em Gaza, Herzog referiu que Israel está "angustiado e incompleto" sem o retorno de cada um dos reféns de Gaza.
"Apesar de o povo de Israel ter sido dominado pela emoção ao ver sete das nossas filhas finalmente emergirem heroicamente do inferno - há ainda 90 israelitas e estrangeiros que permanecem no cativeiro do Hamas. Ansiamos por ver outras seis libertas esta semana, e todos os outros. Apelo a todos os representantes nesta Assembleia Geral, a todos quantos se consideram parte do mundo civilizado, para usarem o seu peso de forma a assegurar que os nossos reféns regressam a casa - cada um deles. Tragam-nos de volta, agora!"
Herzog recitou uma oração especial na língua hebraica apelando ao retorno seguro dos reféns, que "estão a suportar condições sub-humanas, sem os essenciais cuidados médicos primários, sem visitas da Cruz Vermelha, sem qualquer conformidade com a lei, tratados ou acordos internacionais."
MULTIDÃO DE PALESTINIANOS DIRIGEM-SE AO NORTE DE GAZA
Após garantias dadas a Israel de que seriam libertas na próxima Quinta-Feira mais 3 reféns e outras 3 no Sábado, Israel abriu o corredor Netzarim, permitindo assim que as várias dezenas de milhares de palestinianos que ali se encontravam possam dirigir-se às suas localidades no Norte de Gaza de onde foram deslocadas por causa do conflito.
Tinha sido criado um impasse doloroso entre Jerusalém e o Hamas devido ao facto de o grupo terrorista ter falhado ao acordo, não tendo libertado Arbel Yehoud, uma jovem civil que deveria fazer parte do grupo libertado no passado Sábado. O governo de Israel exigiu que a refém fosse liberta para poder permitir a passagem dos palestinianos para o Norte de Gaza. Após intensas negociações, o Qatar informou que a jovem será liberta já na próxima Quinta-Feira juntamente com outras duas. Israel correspondeu imediatamente, permitindo que os residentes no Norte de Gaza pudessem iniciar a jornada de regresso a suas casas a partir das 7 horas de hoje.
Uma equipa mista egípcia-norte-americana está destacada para o local no intuito de inspeccionar os veículos que se dirigem para o Norte de Gaza, de forma a não permitir que terroristas armados se infiltrem no meio destes deslocados.
Logo a partir das 7 da manhã de hoje uma multidão apressou-se a caminhar com os seus bens às costas pela estrada costeira, numa impressionante imagem de reversão ao que aconteceu no início da guerra de Israel com o Hamas e que obrigou aquelas populações a se deslocarem para Sul. Segundo estimativas do Hamas, cerca de 650.000 pessoas deverão fazer este trajecto de regresso a suas casas.
Shalom, Israel!
1 comentário:
Todo apoio a Israel
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