"O Hamas queria-nos massacrados, para assim ganhar a guerra nos media contra Israel, mostrando na TV as nossas crianças mortas e receber depois dinheiro do Qatar" - T, ex-oficial de um ministro do Hamas.
Esta é uma das muitas confidências e confissões feitas por palestinianos moradores na Faixa de Gaza, revelando a verdade há muito conhecida por muitos mas teimosa e maldosamente ocultada pelos meios de comunicação social, para já não falar dos políticos palestinianos, incluindo o próprio Abbas.
"Se por qualquer razão o Hamas não gostar de ti, tudo o que eles farão é dizer que és um agente da Mossad e matar-te." - A, membro da Fatah em Gaza.
"Eles disparavam rockets e depois fugiam, deixando-nos à mercê das bombas israelitas, por causa daquilo que eles fizeram" - D, jornalista em Gaza.
"O Hamas impôs um recolher obrigatório. Se alguém andasse nas ruas era morto. Dessa forma, as pessoas eram obrigadas a ficar nas suas casas, mesmo que estivessem em vias de ser bombardeadas. O Hamas reteve toda a população de Gaza como um enorme escudo humano" - K, estudante.
"O exército israelita permite que entrem suprimentos e o Hamas rouba-os. Parece até que os israelitas cuidam mais de nós do que o Hamas" - E, voluntário de primeiros-socorros.
"Estamos sob ocupação do Hamas e se perguntar à maioria, preferíamos estar sob a ocupação israelita...Temos saudades dos dias em que podíamos trabalhar dentro de Israel e ganhar bastante dinheiro. Falta-nos a segurança e a calma que Israel providenciava quando estava aqui" - S, graduado de uma universidade norte-americana, ex-simpatizante do Hamas.
Estas citações foram recolhidas por Mudar Zarhan, escritor e activista palestiniano-jordano no Instituto "Gatestone Institute", que fez uso dos seus contactos na "Margem Ocidental" para assegurar entrevistas secretas com amigos e familiares na Faixa de Gaza. Todos os entrevistados falaram sob anonimato devido ao compreensível medo que, se as suas identidades fossem reveladas, enfrentariam a execução pelo impiedoso regime do Hamas.
Aquilo que estas entrevistas demonstram mais uma vez é que a maioria das mortes atribuídas a Israel durante o conflito foram de facto causadas directa ou indirectamente pelo Hamas.
Alguns opositores ao regime - na maioria membros da Fatah - foram abatidos como "espiões israelitas", por "encorajarem os outros." Um deles - Ayman Taha - era um líder sénior do Hamas assassinado pelos seus próprios pares, mas, segundo a imprensa do Hamas, supostamente "martirizado" pelos bombardeamentos aéreos israelitas.
Outros há que foram mortos quando se manifestavam nas ruas contra o Hamas.
De acordo com o testemunho de D, um lojista:
"Houve duas principais manifestações de protesto contra o Hamas durante a terceira semana da guerra. Quando os operacionais do Hamas abriram fogo contra os protestantes na área de Beit Hanoun e em Shijaiya, cinco foram imediatamente mortos. Vi-o com os meus próprios olhos. Muitos ficaram feridos. Um médico do hospital de Shifa contou-me que em ambos os protestos foram mortas 35 pessoas. Ele viu os seus corpos na morgue."
Muitas mais mortes foram provocadas pela recusa do Hamas em permitir que os habitantes de Gaza se abrigassem dos ataques israelitas.
S, médico, relatou o seguinte a Zarhan:
"Antes dos ataques, o exército israelita envia avisos ao povo (de Gaza) para evacuarem os edifícios. Os israelitas telefonam ou enviam mensagens escritas. Por vezes chegam a telefonar várias vezes para se assegurarem de que todos foram evacuados. A política estrita do Hamas era de impedir que evacuássemos os prédios. Muitas pessoas foram mortas fechadas dentro das suas próprias casas pelos militantes do Hamas. A TV oficial do Hamas, a Al-Quds, emitia avisos regulares aos moradores de Gaza para não evacuarem as suas casas. Os militantes do Hamas bloqueavam as saídas para os espaços para onde os residentes eram impelidos a ir. Na região de Shijaiya, as populações receberam avisos dos israelitas e tentaram abandonar a área, mas os militantes do Hamas bloquearam as saídas e exigiram que eles regressassem às suas casas. Algumas das pessoas não tiveram outra chance que não correr para os israelitas e pedir protecção para as suas famílias. O Hamas disparou contra algumas dessas pessoas quando estavam correndo; as restantes foram forçadas a voltar a suas casas e ser bombardeadas. Foi assim que se deu o massacre de Shijaiya. Morreram mais de 100 pessoas."
As entrevistas providenciaram uma versão dos eventos que dificilmente poderia ser mais diferente dos que foram propagados pela maioria dos media mundiais durante a operação "Margem de Protecção", em que a intervenção israelita foi apresentada como sendo "brutal, indiscriminada e quase inteiramente injustificada."
As alegações feitas por Israel de que que fez tudo quanto lhe era possível para evitar perdas civis passaram praticamente despercebidas. Tal como os esconderijos de armamento do Hamas dentro de mesquitas, os rockets disparados a partir de hospitais e a vasta rede de túneis construídos para facilitar uma planeada travessia para o lado israelita - organizada para o dia do Novo Ano judaico - através da qual os terroristas do Hamas planeavam matar ou raptar o maior número possível de israelitas.
Isto deveu-se em parte às restrições jornalísticas em Gaza. Todos os jornalistas a operar dentro do território de Gaza estavam bem conscientes de que se falhassem em tocar o seu acorde segundo a "música" do Hamas, seriam imediatamente expulsos - ou algo ainda pior...
Mas esta propensão foi basicamente ideológica. Muitas das organizações mediáticas que reportaram desde Gaza - desde a BBC e do Channel 4 News ao New York Times - estavam vendidos à ideia de que os palestinianos eram as vítimas inocentes de uma reacção desproporcionada de Israel aos poucos e inofensivos mísseis atirados da fronteira por um povo oprimido e desesperado no auge do sofrimento...
E foi como resultado da gritaria política provocada pelos relatos dos media, com mães chorando e bébés mortos, que Israel - como habitualmente acontece nestas guerras bi-anuais - foi forçado a retirar-se prematuramente antes de poder proteger devidamente os seus cidadãos, e poder destruir totalmente a infra-estrutura militar do Hamas.
Shalom, Israel!
2 comentários:
Ando há dias para traduzir este artigo. Bom trabalho!
Shalom, Israel!
José de Jesus
Grande artigo!Parabéns!
Infelizmente a verdade não consegue alcançar as massas em grande escala.
Fabiana
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