Morreu esta manhã, aos 94 anos de idade, o mítico cantor francês Charles Aznavour, de origem arménia, que havia ainda há menos de um ano atrás sido condecorado em Israel em honra à sua família, por terem protegido judeus e outras pessoas perseguidas pelos nazis durante a 2ª Guerra Mundial.
Este cantor era o verdadeiro "Frank Sinatra" francês, e deu um dos seus últimos concertos em Tel Aviv, em Outubro do ano passado, já com a linda idade de 93 anos.
Foi o próprio presidente israelita Reuven Rivlin quem no ano passado distinguiu o legendário cantor com a medalha de mérito "Raoul Wallenberg", em consequência de a sua família "ter escondido um número de pessoas que estavam sendo perseguidas pelos nazis, ao mesmo tempo que Charles e sua irmã Aida se encontravam envolvidos em actividades de resgate."
Charles Aznavour nasceu em Paris, de pais arménios fugidos do genocídio arménio do início do século 20, perpetrado pelos turcos otomanos, e que dizimou cerca de 1,5 milhões de cristãos arménios.
Durante o seu encontro no ano passado com o presidente israelita, o cantor partilhou: "Temos tantas coisas em comum, judeus e arménios: na desgraça, na felicidade, no trabalho, na música, na arte e na facilidade em aprender diferentes línguas e em nos tornarmos povos importantes nos países onde temos sido recebidos."
Shalom, Israel!
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