segunda-feira, novembro 10, 2008

KRISTALLNACHT LEMBRADA TAMBÉM POR ESTADOS ISLÂMICOS


Um grupo inesperado de representantes de países muçulmanos estará hoje presente num evento organizado para hoje pelo Parlamento Europeu, em memória da diabólica "Noite de Cristal" que há precisamente 70 anos manchou a Europa num dos mais hediondos actos de barbárie contra os judeus e seus bens materiais. O evento organizado para hoje e denominado "Evento Especial para a Promoção da Tolerância em todo o continente Europeu" contará com a presença inédita de representantes da Líbia, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egipto, Paquistão, Marrocos, Turquia e Malásia.
Este evento está sendo organizado conjuntamente pelo Congresso Judaico Europeu e pela presidência do Parlamento Europeu. É o primeiro evento desta dimensão alguma vez organizado na Europa a incluir uma participação islâmica tão significativa.
Nas palavras do vice-presidente do Congresso Judaico Mundial, Maram Stern, e em referência à quase certeza de que estes representantes virão com o aval dos seus respectivos países, "isto é um grande sucesso".
O aniversário da "Noite de Cristal" é uma ocasião apropriada para se discutir a tolerância. E isso inclui a tolerância do mal. E os planos nucleares do Irão estão dentro desse problema sério.
Nas palavras de Kantor: "O líder de um país muito problemático vai agora à Assembleia Geral das Nações Unidas e anuncia uma fórmula criminosa: a destruição de Israel, a morte dos judeus".
"No entanto, ninguém saiu daquela sala. Estamos na mesma situação do tempo da Kristallnacht, quando o mundo desprezou os refugiados judeus e ignorou os perigos" - adiantou.
Enquanto luta contra a intolerância, o mundo não pode ser "criminalmente tolerante com aquilo que se passa no Irão" - afirmou Kantor.
Informou ainda que existem actualmente 5.000 empresas europeias negociando abertamente com o Irão, com algumas "contribuindo para a criação de engenhos nucleares através da venda de tecnologias de duplo uso."
Certamente que a Europa tem sido profícua não só nas tragédias como nas boas intenções para que estes males não mais se repitam. Mas quando o negócio é conveniente, parece que todos estes valores morais ficam esquecidos, e que a História acaba por se repetir.
Tal como está registado na frase que sobressai num dos mais impressionantes monumentos ao Holocausto em Israel: "Aqueles que ignoram a História estão condenados a repetir os seus erros."
Shalom, Israel!

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