O primeiro ministro israelita Banjamin Netanyahu enviou um carta de agradecimento aos estados que boicotaram a conferência anti-racismo em Genebra, esta semana. O primeiro ministro também elogiou os países cujos representantes se ausentaram durante o discurso do tirano iraniano.
A decisão de boicotar a conferência das Nações Unidas fez retornar "uma medida de sanidade" a um mundo onde uma conferência anti-racismo garante uma plataforma para um chefe de estado que nega o Holocausto e que abertamente declara o seu desejo de apagar Israel do mapa - escreveu Netanyahu na sua carta.
Netanyahu elogiou os líderes estrangeiros por adoptarem "uma posição moral clara e inequívoca" numa altura em que outros minam "os valores humanos mais básicos".
Os estados que decidiram boicotar a conferência em Genebra foram, para além de Israel, os Estados Unidos, a Alemanha, a Itália, a Holanda, a Polónia, o Canadá, a Nova Zelândia e a Austrália.
Os países cujos representantes abandonaram a sala durante o discurso de Ahamadinejad foram a Áustria, a Irlanda, a Estónia, a Bulgária, a Bélgica, a Grã-Bretanha, a Dinamarca, a Hungria, a Grécia, o Luxemburgo, a Latvia, a Lituânia, Malta, a Eslovénia, a Eslováquia, San Kitts e Nevis, a Espanha, Portugal, a Finlândia, a República Checa, a França, Chipre, a Roménia e a Suécia.
Líderes de muitos países reagiram rapidamente em condenação à tirada do discurso do presidente iraniano ontem, durante a abertura da conferência contra o racismo, ao mesmo tempo que responsáveis das Nações Unidas tentam "branquear" o discurso do tirano, alegando que não houve qualquer menção à habitual negação do Holocausto.
O presidente francês Nicholas Sarkozy apelou a uma reacção "extremamente firme da União Europeia" em resposta ao "intolerável apelo ao ódio racista" no discurso de Ahamadinejad. A República Checa, que actualmente preside à União Europeia anunciou que a sua delegação não voltaria à conferência Durban II como consequência dos "absolutamente inaceitáveis ataques anti-Israel".
Washington acrescentou que o discurso foi vil e alimentador do ódio racial, mas mesmo assim não impedirá a administração Obama de prosseguir nas suas tentativas de diálogo diplomático com Teerão. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, criticou o "paradoxo" de os EUA decidirem estar fora de um evento com a presença de Ahmadinejad, ao mesmo tempo que continuam abertos a dialogar com o Irão sobre o seu programa nuclear.
Representantes de 23 nações saíram da sala quando o presidente do Irão começou a criticar Israel, contudo a delegação do Vaticano manteve-se na sala até ao fim.
Saúda-se a coragem e lucidez de todos os países que reagiram à estupidez e crueldade deste "novo Hitler". Desta vez Portugal tomou uma atitude digna, pela qual expresso o meu reconhecimento. "A quem honra, honra".
Shalom, Israel!
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