quarta-feira, novembro 11, 2009

SHIMON PERES NO BRASIL

Numa visita importante não só pelo carácter histórico das relações históricas entre estas 2 nações mas também pela estratégia política - o Brasil receberá ainda este mês a visita do presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas e também do líder do Irão, presidente Ahmadenijad - o presidente israelita Shimon Peres subiu ontem ao Senado brasileiro, em Brasília, apelando ao líder dos palestinianos, a quem apelidou de "velho amigo", para que volte à mesa das negociações.
Depois deste sentido apelo, Peres dirigiu-se às autoridades brasileiras, afirmando que não tinha vindo para discutir com elas a próxima visita do ditador do Irão agendada para 23 de Novembro.
"Como vocês sabem" - disse Peres - "nós estamos convencidos que as políticas dele colocam em perigo a paz no mundo".
Peres adiantou ainda que historicamente o povo iraniano não tinha sido hostil a Israel e que não havia necessidade dos dois países serem inimigos. O presidente israelita chegou ainda a dizer que houve épocas na História em que Judeus e Muçulmanos conviveram em paz.
Peres referiu ainda estar bem consciente que o Brasil condena ameaças de aniquilação e terrorismo e que apoia o processo de paz.
Peres recordou a História, referindo-se ao apoio que o Brasil deu às resolução das Nações Unidas em Novembro de 1947 para a formação do estado de Israel: "É algo que Israel nunca esquecerá" - referiu o presidente.
Peres agradeceu ainda ao Brasil por ter aberto as portas aos sobreviventes do Holocausto.
Antes de se dirigir ao Congresso brasileiro, Peres foi agraciado como "cidadão brasileiro honorário", tendo sido o primeiro presidente em funções a receber tal honra.
Shimon Peres está em terra de amigos, mas parece-nos bastante "naive" no seu convite a Abbas para "fazer a paz".
Por outro lado, e apesar desta importante visita e dos laços de cooperação que estão sendo estabelecidos entre ambos os países, temo que a visita de Ahmadinejad venha trazer ao Brasil a maldição que a "terra abençoada por Deus" não merece nem precisa, numa altura em que esta nação se torna dia a dia numa potência económica mundial, um exemplo de coexistência pacífica e uma referência nas políticas sociais.
O tempo o dirá...
Shalom, Israel!

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