ACORDO HISTÓRICO PERMITIRÁ LIGAÇÃO ENTRE O MAR VERMELHO E O MAR MORTO

A VERMELHO, A ROTA DA CONDUTA

Ultrapassando todas as dificuldades políticas e históricas, Israel, a Jordânia e a Autoridade Palestiniana irão assinar hoje em Washington um "acordo histórico" que permitirá aos residentes em Israel e na Jordânia desfrutarem de mais 100 milhões de metros cúbicos de água. 

A assinatura do acordo terá lugar hoje mesmo na sede do Banco Mundial, em Washington, entre as 3 partes interessadas, e permitirá a construção de uma conduta que trará água do Mar Vermelho até ao Mar Morto (Mar Salgado).

Esta conduta também conhecida como "canal dos 2 mares" permitirá conduzir anualmente 100 milhões de metros cúbicos de água para o Norte, permitindo segundo se espera atrasar o processo de seca do Mar Salgado. Como parte desse acordo de cooperação, será instalada uma planta de purificação de água para benefício conjunto dos israelitas, jordanos e palestinianos.

O ministro da Energia de Israel, Silvan Shalom, representará Israel na celebração deste acordo histórico: "Este é um acordo histórico. É um sonho tornado realidade!" - afirmou Shalom.

MAR MORTO, OU SALGADO

Segundo este acordo, cerca de 200 milhões de metros cúbicos de água serão anualmente bombeados desde o Mar Vermelho, sendo que cerca de 80 milhões serão dessalinizados numas instalações especiais a construir em Aqaba, na Jordânia. Entre 30 a 50 milhões de m3 serão utilizados por Israel em Arava e Eilat.

Os jordanos receberão 30 milhões de m3 para a sua região sul e uns adicionais 50 milhões de "água-cinza" do Mar da Galiléia, a Norte.

Como parte das negociações, os palestinianos requereram uma presença na parte Norte do Mar Salgado, na região de Ein Pushka, mas Israel não aceitou. Em compensação, a Autoridade Palestiniana irá receber cerca de 30 milhões de m3 de água do Mar da Galiléia, podendo ser água dessalinizada ou "água-cinza" ao custo de produção, o que irá favorecer as populações da chamada "Margem Ocidental".

Toda a conduta percorrerá território jordano, contornando assim regiões preservadas em Israel. Se nada vier a acontecer que possa interromper o processo, calcula-se que este projecto esteja pronto para daqui a 4 ou 5 anos.

Shalom, Israel!