Ontem à noite Israel aceitou mais uma proposta de cessar fogo mediada pelo Egipto, a iniciar-se esta manhã, tendo sido também aceite por diversos líderes militares do Hamas. Israel tinha ainda ontem afirmado que não haveria mais lugar para tréguas enquanto a situação não estivesse completamente resolvida em Gaza, mas, mesmo assim, decidiu mais uma vez colaborar com o pedido para um cessar fogo humanitário a iniciar-se às 8 desta manhã, e que o Hamas tem pela primeira vez respeitado, ainda que se saiba que os terroristas continuam "com o dedo no gatilho."
Há poucas horas um representante das brigadas Al-Qassam do Hamas afirmou que o conflito com Israel não terminará até que as suas exigências sejam satisfeitas: "O nosso dedo está no gatilho" - afirmou o líder terrorista, acrescentando: "Os movimentos do inimigo é que irão determinar o rescaldo do conflito."
Numa mais que reconhecida posição de fraqueza, uma vez que todos os túneis construídos pelos terroristas para cometer massacres em território israelita foram destruídos pelas Forças de Defesa de Israel, os grupos Hamas e Jihad Islâmica sabem bem que não têm capacidade para enfrentar Israel. Essa é a única razão porque aceitaram as tréguas, Não se pense que é por qualquer respeito pelas vidas humanas da população palestiniana em Gaza. Que o diga o "manual de instruções" apanhado ontem aos terroristas pelos israelitas e que lhes ensina a forma de usar os cidadãos civis como escudos humanos...
GUERRA DE NÚMEROS
Enquanto os terroristas alegam que sofreram mais de 1900 baixas palestinianas, na sua maior parte civis, Israel afirma que cerca de 900 operacionais do Hamas e da Jihad foram abatidos. Sendo assim, não tem qualquer fundamento a mensagem repetida e cansativamente passada pelos órgãos de comunicação social de que mais de 85% dos mortos palestinianos eram civis, mulheres e crianças. Canais de TV como a Al Jazeera, a Euronews e a portuguesa RTP, no seu tendencioso esforço para denegrir Israel, lançaram logo a notícia de um número tão elevado de civis, passando para o mundo a informação nunca fidedigna fornecida pelas fontes palestinianas, sem se darem ao trabalho de aguardar dados mais seguros e confirmados. Mas não: num péssimo e condenável serviço prestado ao público, com o intuito de fazer crescer o ódio contra Israel, esses canais e muitos outros desvirtuam o jornalismo sério e isento que se esperaria de órgãos de comunicação social tão conhecidos.
O número de soldados israelitas mortos ascendeu aos 64.
DERROTA DO HAMAS
Este cessar fogo finalmente aceite pelo Hamas é a prova inequívoca da sua total derrota e incapacidade para combater o exército israelita.
Há 3 semanas atrás, perante uma proposta de tréguas semelhante a esta, quando o Hamas ainda tinha todos os túneis operacionais, quando "só" havia 200 mortos em Gaza, e quando ainda desfrutava de uma certa "legitimidade" conferida pelos amigos, o Hamas resistia. Hoje, já não tem nada disso com que se escudar.
Desde que a operação "Margem de Protecção" foi lançada há praticamente um mês atrás, 3.356 rockets foram disparados contra território israelita, tendo 578 deles sido interceptados pela "Cúpula de Ferro" israelita.
As Forças de Defesa de Israel atingiram 4.762 alvos terroristas durante a operação e mataram cerca de 900 operacionais, perto de metade do total do número de pessoas alegadamente mortas por Israel.
Israel perdeu 64 soldados e há 97 ainda hospitalizados. 32 túneis foram identificados e destruídos. Cerca de 119 rockets palestinianos explodiram dentro do próprio território de Gaza, causando um número indeterminado de vítimas mortais.
"PODÍAMOS TER FEITO MAIS"
A retirada das tropas israelitas de Gaza provocou sentimentos mistos: por um lado, a óbvia alegria por sair do campo de batalha e poder voltar às suas terras e famílias, mas por outro lado um sentimento de frustração por não terem feito mais para acabar com o terrorismo e permitir que as populações no sul de Israel vivessem tranquilas.
"Podíamos ter feito mais" - foi a frase constantemente repetida por muitos dos militares jovens que participaram nesta operação.
"Estávamos todos motivados para trazer a paz de volta aos residentes do sul, mas há também a sensação de uma oportunidade perdida."
O facto de terem saído da Faixa de Gaza não impede que as Forças de Defesa de Israel não estejam preparadas e dispostas a intervir novamente no território: "Se o Hamas voltar a violar o cessar fogo, isso constituirá um grave erro da parte deles" - afirmou o comandante militar das forças no sul de Israel.
Shalom, Israel!
3 comentários:
Olá, gostaria de parabenizá-lo pelo excelente trabalho seu(s), ao dedicar seu tempo com o maravilhoso trabalho de escrever matérias de excelente qualidade, didáticas e esclarecedoras. Penso que realmente temos algo em comum quanto ao exercício da nossa fé, e por ter esse amor pela terra deliciosa do nosso Senhor. Seria bom que houvesse paz, mas infelizmente, penso que não haverá, pois assim é necessário, pois isso faz parte do Espirito da profecia.Quanto a esse período de paz, penso que seja um engodo, pois aproveitando esse momento, eles podem se armar, visto que o Irã é um dos fornecedores bélicos. Esperemos em Javé.
Gaza só pode ter paz para os palestinos sobre total controle israelita
Não sou da rotina de profecias, mas em foco militar político o comentário do Anônimo reflete a realidade óbvia e esperar em 'Yhwh' ou agir nEle - Iehouah - é a posição sólida e superior.
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