A antiga linha férrea que ligava a cidade de Beit Shean, na Galiléia a Haifa, na costa Norte do país, vai ser reactivada, permitindo que os passageiros possam atravessar o país quase de ponta a ponta em menos de uma hora.
Será também possível transportar mercadorias entre o porto de Haifa e a vizinha Jordânia.
Esta ferrovia encontrava-se desactivada desde há 65 anos, tendo sido construída ainda no tempo do império turco otomano, e ligando o sul do país a Damasco, capital da Síria. A história do comboio está interligada com a pré-existência do moderno estado de Israel, sua independência e primeiros dias do novo país.
A nova empresa "Jezreel Valley Railway" recuperou toda a linha antiga e vai em breve iniciar as viagens dentro do território de Israel.
A viagem experimental foi agora realizada com a comunicação social, mas enriquecida pela presença de 3 senhoras idosas - 82, 83 e 90 anos - que ainda se recordam dos "bons velhos tempos do antigo comboio." Elas recordaram quando, ainda meninas, o comboio quase parava a marcha na subida de um monte, andando à velocidade de uma passada normal, pelo que elas saltavam descalças para fora e para dentro do comboio durante a íngreme subida...
"É uma pena que os nossos netos nunca venham a experimentar isso" - lamentou uma das anciãs.
O novo comboio pode atingir uma velocidade de 150 quilómetros por hora, sendo composto de modernas e confortáveis carruagens com ar condicionado.
O novo comboio percorrerá o antigo trilho entre Haifa e Beit Shean - cerca de 55 kms - em cerca de 50 minutos, com 3 paragens pelo caminho: Kfar Yehoshua, Migdal HaEmex e Afula, em pleno vale de Megido.
Os passageiros desfrutarão de deslumbrantes vistas do vale de Jezreel, o vale do Armagedon, do monte Tabor e do monte Gilboa.
O comboio vai oficialmente começar a funcionar na véspera do feriado judaico da Festa dos Tabernáculos, em 16 de Outubro próximo, sendo as viagens gratuitas ao público até ao dia 4 de Novembro seguinte. A partir dessa data, o público pode contar com 2 comboios por hora em cada um dos sentidos.
O custo total do projecto rondou os 1 milhão de dólares.
Shalom, Israel!
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