O cálculo feito pelo gabinete do primeiro-ministro aponta para 150 milhões de shekels de prejuízos causados pelo maior incêndio na história do moderno estado de Israel, para além de uma quantidade idêntica para a reflorestação e pavimentação das estradas destruídas.
250 casas foram também atingidas e necessitam de reparações.
250 casas foram também atingidas e necessitam de reparações.
A área ardida nos Montes Carmelo, até aqui considerada como a "pequena Suíça", devido às suas paradisíacas paisagens e pastos verdejantes espalhados no meio de idílicas aldeias e vilas tornou-se agora negra, causando não so um prejuízo paisagistíco como um perigo ecológico, uma vez que as florestas também produzem oxigénio.
O terrível fogo só foi extinto após 82 horas de intensos esforços em que milhares de bombeiros e militares se envolveram, com a ajuda de pessoal e aviões extintores vindos da Turquia, Rússia, Bulgária, Grécia, outros países europeus, e ainda dos EUA, com a cedência do maior avião tanque do mundo, o "Supertanker".
Cerca de 5 milhões de árvores foram destruídas, 74 estruturas completamente desfeitas no kibbutz Beit Oren, Ein Hod e Yemin Orde. Cerca de 17.000 pessoas foram evacuadas das suas habitações, hospitais, prisões e outras instituições.
Os pilotos dos aviões estrangeiros que vieram socorrer Israel receberam medalhas de honra da parte da Força Aérea de Israel. As palavras do comandante coronel Ronen Simhi, da base aérea de Ramat David dirigidas aos 192 membros das organizações estrangeiras que vieram ajudar Israel foram bem significativas: "Houve uma excelente cooperação. Uma parceria que ultrapassou fronteiras, línguas e culturas. Todos estavam focalizados numa só tarefa: salvar vidas e a paisagem do Carmelo. Na Força Aérea costumamos dizer que os amigos medem-se nos tempo de dificuldade. O estado de Israel achou-se em necessidade, no meio de um desastre. Vocês estiveram cá e provaram ser verdadeiros amigos."
A maior tragédia contudo foi a humana, tendo o fogo devorado a vida a 41 pessoas, a maior parte guardas prisionais que seguiam num autocarro num processo de transferência de prisioneiros. Foi hoje ainda confirmada a morte da chefe dos bombeiros da cidade de Haifa, a cidade mais próxima da zona do incêndio.
O rabino Ovadia Yosef, líder espiritual do Sha's, já veio dizer publicamente que o incêndio é um castigo de Deus pelas ofensas religiosas causadas pelos residentes na região, alegando que segundo o Talmud Babilónico, "o fogo só existe num lugar onde o Sábado seja profanado".
Outros líderes religiosos apelam a que o povo "sonde o coração" para ver qual será a causa que provocou este sério aviso de Deus.
Seja qual for a "mensagem", a tragédia é demasiado grande para se estar agora com especulações e conclusões tiradas ao virar da esquina. Só Deus conhece todas as razões, mas as lições a extraír deste "inferno" poderão ser muitas e esperamos que Israel as aprenda.
Shalom, Israel!
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