Na sua primeira visita como presidente dos EUA ao Memorial e Museu do Holocausto em Washington, Obama anunciou novas sanções ao Irão e à Síria e disse que o mundo não pode nunca mais permitir que o ódio ganhe raízes na "loucura" das atrocidades em massa.
Obama prestou tributo aos seis milhões de judeus vítimas do Holocausto nazi, tendo sido depois introduzido por Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto e laureado com o prémio Nobel para a Paz, o qual lhe agradeceu a sua dedicação ao povo judeu.
O líder norte-americano, posicionando-se convenientemente num ano de eleições "ao lado de Israel", prometeu ainda que "sempre estará ao lado de Israel" e que o seu país continuaria a opôr-se a quaisquer esforços para atacar o estado de Israel.
Obama pronunciou-se: "Quando se fazem esforços para igualar o sionismo ao racismo, nós rejeitamo-los. Quando os fóruns internacionais isolam Israel com resoluções injustas, nós votamos contra."
Na sua intervenção desta manhã, Obama anunciou ainda novas sanções sobre pessoas e entidades no Irão e na Síria que utilizam tecnologia para atingir cidadãos e anulando os seus direitos humanos.
E voltando ao seu posicionamento em relação a Israel, Obama, falando dentro do Museu americano para o Holocausto, referiu ainda:
"Quando são feitas tentativas para desligitimizar o estado de Israel, nós opomo-nos. E quando fazendo face a um regime que ameaça a segurança global, nega o Holocausto e ameaça destruir Israel, os Estados Unidos farão tudo quanto estiver ao seu alcance para impedir o Irão de obter uma arma nuclear."
O ABRAÇO DE OBAMA A ELIE WIESEL |
E dirigindo-se a Elie Wiesel, Obama disse o seguinte: "Indique-nos o caminho. Se você não pode desistir, se você pode acreditar, então nós podemos acreditar."
Estas palavras surgem num momento em que o presidente norte-americano está sob pressão para conseguir reunir um consenso e uma solução a nível internacional para a Síria, onde o presidente Bashar Assad é acusado de conduzir um massacre sobre o seu próprio povo.
Nas palavras de Obama, "A soberania nacional nunca é argumento para se chacinar o seu próprio povo."
O presidente anunciou que iria atribuir a título póstumo uma medalha presidencial da Liberdade a Jan Karski, um emissário de guerra do governo polaco no exílio, e que esteve entre as primeiras pessoas a fornecer ao mundo relatos sobre o Holocausto.
Obama alertou ainda contra o esquecimento: "'Nunca Mais'" é um desafio para todos nós. Temos de dizer aos nossos filhos, mas mais do que isso, temos de os ensinar. Lembrança sem determinação é um gesto vazio. Consciência sem acção não muda nada."
Referindo-se ao Sudão Sul, Obama disse que a matança dos inocentes tem de terminar: "O povo do Sudão e do Sudão Sul merece a paz" - disse Obama, acrescentando que a acção dos EUA impediu um maior derramamento de sangue:
"As matanças no Camboja, no Ruanda, na Bósnia, em Darfur... abalaram a nossa consciência" - disse Obama, referindo-se ainda à Costa do Marfim, Líbia e Uganda como exemplos das intervenções dos EUA para evitar assassínios em massa. Impedir atrocidades em massa está "no âmago do interesse da segurança nacional e da responsabilidade moral dos Estados Unidos" - acrescentou.
Antes das suas intervenções verbais, Obama esteve cerca de 30 minutos visitando o museu com Wiesel. Os dois entraram depois silenciosamente no "salão da Memória", onde acenderam velas e pausaram, curvando as suas cabeças, para um momento de silêncio.
Obama deixou a sua vela acesa dentro do recinto, na secção Buchenwald, em memória do campo de concentração que o seu tio-avô ajudou a libertar no final da Segunda Guerra Mundial.
Entre os dignatários que assistiram à cerimónia, encontrava-se também o embaixador de Israel para os EUA, Michael Oren.
Shalom, Israel!
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