O rabi Yisrael Ariel diz que os judeus têm de cumprir as leis que mandam apresentar a oferta (sacrifício) da Páscoa (Pesach) no Monte, apesar de o Templo ainda não ter sido edificado. O rabi participou também numa "sessão de ensaio" da oferta Pascal realizada esta semana em Jerusalém (ver video abaixo).
Segundo o rabi expressou ontem numa entrevista ao Arutz Sheva, "Esta realidade na qual o Monte do Templo está em mãos árabes tem de acabar. Eles têm de nos abrir os portões. Não há razão para discutir o dever de apresentar uma oferta pascal, mesmo que o Templo não esteja construído."
O rabi Ariel apela aos principais rabis para que exijam a abertura dos portões do Monte do Templo na sexta-feira, o dia da Ceia Pascal (Pesach Seder): "Ele deviam fazer um pedido formal ao governo de Israel para que se abram os portões do Monte do Templo, para que possamos levar as nossas ofertas."
"Tudo está preparado - há vestimentas para os sacerdotes, um altar e vasos - tudo que eles precisam de fazer é abrir o lugar. Já por diversas vezes fizemos o pedido aos rabis, mas até agora não obtivemos resposta." - afirmou Ariel.
Segundo o rabi, evitar-se apresentar a oferta pascal é um assunto grave: "Temos medo da nossa própria sombra. O que irá acontecer se os portões do Monte se abrirem? Eles têm medo daquilo que os outros irão dizer, mas já não temem no que concerne guardar a Torah e o Mitzvot."
Segundo a Torah, uma pessoa que não traga a oferta pascal é punida com "din karet" (literalmente: "cortado", significando que uma pessoa é punida por Deus, não pelos tribunais, e é por isso cortada da Nação de Israel - explicou o rabi, acrescentando: "Está escrito: esta pessoa será cortada do seu povo."
A importância da Festa da Páscoa (Pesach) pode ser entendida a partir do facto de existir apenas um outro mandamento cuja omissão leva à "din karet", que é a circuncisão. Ambos os mandamentos têm a ver com o provar-se que se é parte do povo judeu. Os judeus que no deserto não pudessem trazer o sacrifício por estarem ritualmente impuros pediam a Moisés uma outra oportunidade, e esta era-lhes concedida um mês depois.
Nos dias do Templo, cada família israelita vinha a Jerusalém para a oferta da Páscoa na noite do décimo quarto dia do mês de Nisan. Cada família sacrificava um cordeiro ou um cabrito perante Deus, no Templo, e depois assava-o e partilhavam da carne com matzah e ervas amargas numa refeição festiva para recordar e louvar a Deus pelo Êxodo (fuga) da escravidão do Egipto.
Shalom, Israel!
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