HEIDELBERG, Alemanha: local onde existiu uma sinagoga, destruída na Kristallnacht |
Foi nesta noite de 9 para 10 de Novembro de 1938 que as forças paramilitares nazis iniciaram a destruição em massa dos bens, sinagogas e lojas dos judeus que viviam na Alemanha e na Áustria, naquilo que se tornou conhecido como a "Noite dos vidros partidos", ou a Kristallnacht.
Iniciou-se nessa noite a perseguição a tudo quanto tinha um cunho judaico, incluindo as próprias vidas daqueles cujo único "crime" era serem portadores do sangue e identidade judaicos.
30.000 judeus foram presos e levados para Buchenwald |
Cerca de 91 judeus foram mortos nessa noite e 30.000 encarcerados e enviados para os campos de concentração (morte).
Mais de 1.000 sinagogas foram destruídas nessa noite (95 só em Viena), e mais de 7.000 lojas e negócios judaicos destruídos ou danificados.
O grande historiador judeu Martin Gilbert escreveu que nenhum outro evento na História dos judeus alemães entre os anos 1933 e 1945 foi tão amplamente divulgado como este, sendo que os relatos dos jornalistas estrangeiros presentes na Alemanha lançaram verdadeiras ondas de choque pelo mundo fora.
Interior de sinagoga em Berlim destruída na Kristallnacht |
O periódico britânico Times escreveu naquela altura: "Nenhum propagandista estrangeiro inclinado a manchar a Alemanha perante o mundo poderia sobrepujar na sua descrição a realidade dos espancamentos e dos incêndios, dos ataques traiçoeiros a pessoas indefesas e desarmadas que desgraçaram ontem aquele país."
O pretexto para os ataques foi o assassinato em Paris do diplomata alemão Ernst vom Rath às mãos de Herschel Grynszpan, um judeu polaco nascido na Alemanha.
A Kristallnacht foi seguida depois por posteriores perseguições económicas e políticas aos judeus, e é vista pelos historiadores como parte de uma mais alargada política racial dos nazis alemães e o início da "solução final" e do Holocausto.
Nunca esqueçamos estas tragédias, para que elas nunca mais se repitam!
"Aqueles que ignoram a História estão condenados a repetir os seus erros!"
Shalom, Israel!
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