quarta-feira, fevereiro 20, 2013

A FESTA JUDAICA DO PURIM, OBAMA E O DESTINO DOS JUDEUS

LOGOTIPO DA VISITA DE OBAMA A ISRAEL
É mais uma "coincidência" de eventos. Ou talvez não: a já tão ansiada primeira visita oficial de Obama a Israel daqui a um mês vai coincidir com o final da Festa judaica do Purim, e isso já é visto por alguns como um sinal de que é tempo de tratar da questão do Irão, a antiga Pérsia.
Não se sabe ao certo qual o real propósito da visita do presidente americano a Israel. Será para pressionar Israel, então já com um novo governo empossado, a avançar com o processo de paz? Será para "ficar bem na fotografia" e iniciar o novo mandato com uma visita tão significativa como esta deverá ser?
Seja como for, esta coincidente visita não deve ser tão coincidente assim. Foi exactamente há um ano, também na Festa do Purim que o primeiro-ministro Netanyahu depositou pessoalmente nas mãos de Obama um magnífico manuscrito do Livro da Ester. E tal como Mordechai (ou Mardoqueu na língua portuguesa) há 2.500 anos atrás, também Netanyahu declarou ao "todo-poderoso" Obama: "Sr. Presidente: temos de parar o Irão, antes que eles nos destruam!"
Tal como naqueles tempos remotos, Israel está hoje sendo ameaçado por um novo Hamã, uma reinvenção do ódio mortal e incurável dos líderes islâmicos que dirigem aquela grande nação contra o pequeno estado de Israel. As formas são outras, mas a essência do mal que os alimenta é exactamente igual.
Aquilo que Netanyahu certamente tentará lembrar a Obama é que há situações que obrigam a que decisões claras e objectivas sejam tomadas. Não se pode esperar que Deus "faça o trabalho todo", quando está nas mãos dos líderes a capacidade de enfrentar e acabar com esse inescapável mal. Em suma, tal como aconteceu com Ester e Mordechai, não podemos ficar de braços cruzados à espera que os acontecimentos rolem por si mesmos, nem se pode aguardar passivamente uma intervenção sobrenatural. 
É isso que a Festa do Purim celebra e quer lembrar: diante da ameaça do mal, nós temos de agir. 
RAÍNHA ESTER E MORDECHAI
Deus fará a sua parte, certamente que sim, mas Ele espera que os homens e mulheres de coragem e resolução tomem a dianteira e façam aquilo que veve ser feito na hora certa: "Porque, se de todo te calares neste tempo...tu e a casa de teu pai perecereis...e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?" (Livro de Ester 4:14).
Gosto da forma como o autor israelita Yossi Klein Halevi descreve esta mensagem do Purim, a mesma que certamente Netanyahu lerá durante a festa e tentará transmitir a Obama: "A tradição enfatiza que o Livro de Ester é o único texto sagrado na Bíblia hebraica que não tem o nome de Deus, e tal é entendido como uma indicação que esta é uma história que requer iniciativa humana, que a salvação exige uma iniciativa humana, e que a ajuda de Deus está implícita."
Ler a história bíblica do Purim (relatada no Livro de Ester) é entender que o nosso papel é agir antes que seja demasiado tarde. 
Talvez Obama consiga compreender que ao ter sido eleito presidente de uma das nações mais amigas de Israel, Deus espera dele uma acção semelhante à da raínha Ester, que entendeu que foi "para um tempo tal como este que chegaste a este reino?"
Assim seja.
Shalom, Israel!


1 comentário:

Anónimo disse...

Obama não é amigo de Israel. Seja lá o que ele(não os EUA necessariamente, visto que, este presidente não respeita nem mesmo a Constituição do país)decida fazer, fará para o próprio benefício e de sua política.


Fabiana