A já previsível e anunciada renúncia do chefe do Vaticano e da Igreja Católica Bento 16, confirmada esta manhã pelo próprio, está a causar gigantescas ondas de choque por todo o mundo católico, uma vez que este é o primeiro papa a resignar antes da sua morte desde há séculos.
No último dia deste mês, 28 de Fevereiro, Bento 16 sairá assim do seu trono para dar lugar a uma disputa pelo poder entre os cardeais do Vaticano, prevendo-se que o novo chefe da Igreja Católica possa ser escolhido e nomeado já para a próxima Páscoa (31 de Março).
A razão apresenta pelo líder católico para a sua renúncia tem a ver com "a idade e a falta de forças". Sem forças certamente para lidar com a conhecida corrupção no Vaticano, as divisões internas e os escândalos de pedofilia dentro do seio da "santa madre igreja"...
Segundo Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, a decisão é do papa, e "dele apenas".
Irá agora ser estabelecido o conclave para a escolha do novo sucessor de Bento 16 que manterá as suas funções até à nomeação do novo papa, retirando-se posteriormente para a clausura num convento.
O papa Bento 16, com 85 anos, é o 265º papa e o 11º alemão.
Nas palavras de Bento 16, ele reconhece a sua "incapacidade para cumprir adequadamente o ministério que me foi confiado."
UM PAPA BEM MARIÓLATRA... |
E prosseguiu: "Por esta razão, e bem consciente da seriedade do acto, em plena liberdade declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de S. Pedro, que me foi confiado pelos cardeais em 19 de Abril de 2005, de tal forma, que a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20H00, a Sé de Roma, a Sé de S. Pedro, ficará vago e um Conclave será convocado para eleger o novo Sumo Pontífice por aqueles com a devida competência."
"E agora, confiemos a Santa Igreja aos cuidados do nosso Supremo Pastor, o nosso Senhor Jesus Cristo, e imploremos à Sua santa mãe Maria para que ela possa assistir os pais cardeais com a sua solicitude materna na eleição de um novo Pontífice Supremo. Em relação a mim, desejo também servir dedicadamente a Santa Igreja de Deus no futuro através de uma vida dedicada à oração."
Esta decisão é quase imprecedente. O último papa a resignar antes da sua morte foi Gregório XII, que dirigiu o mundo católico romano entre 1406 e 1415.
REACÇÕES EM ISRAEL
O rabi mor de Israel, Yona Metzger, elogiou o alcance inter-religioso de Bento 16 e afirmou que "as relações entre Israel e o Vaticano nunca foram tão boas."
UM PAPA BEM ECUMÉNICO... |
"Durante o seu período (como papa) existiram as melhores relações de sempre entre a Igreja e o rabinato mor e esperamos que essa tendência possa continuar," - afirmou Metzger.
E adiantou: "Creio que ele merece muito crédito ao ter avançado os laços inter-religiosos por todo o mundo entre o judaísmo, o cristianismo e o islamismo."
SERÁ O PRÓXIMO PAPA O DERRADEIRO?
Há uma antiga profecia que indica que o próximo papa poderá ser o último a sentar-se no trono do Vaticano.
As conhecidas "profecias de São Malaquias" - um monge irlandês que viveu entre 1094 e 1148 - apontam para o 112º papa após a morte do "santo católico" como o derradeiro de um conjunto de 112 papas que ele descreve com precisão nas suas profecias e que aparentemente se concretizaram até aos dias de hoje. A "contagem" dos 112 papas começou com Celestino II, eleito em 1130, e terminaria no fim do mundo.
Segundo o monge irlandês, este "derradeiro papa" receberá o cognome de "Petrus Romanus" e será chamado de: Pedro II.
Não só anunciou S. Malaquias que este seria o último papa, como profetizou que ele viveria em tempo de grande tribulação: "Na perseguição final à sagrada Igreja Romana reinará Pedro Romano, que alimentará o seu rebanho entre muitas turbulências, sendo que então, a cidade das sete colinas (Roma) será destruída e o formidável Juíz julgará o seu povo. Fim."
Consagrado bispo de Condor (Irlanda) em 1124, este homem simples e humilde foi nomeado arcebispo no ano de 1132, pela sua grande "humildade e dedicação."
Em 1139, S. Malaquias viajou para Roma e visitou o seu amigo Bernardo de Clairvaux. Após a sua segunda viagem a Roma, viria a morrer nos braços deste monge, no dia 2 de Novembro de 1148, dia que ele próprio havia anunciado como o da sua morte.
Este monge foi mais tarde canonizado, e, para além dos alegados milagres que realizou, tornou-se mais conhecido pelas profecias sobre o dia da sua própria morte, o futuro da Irlanda, sendo a mais conhecida a "profecia sobre os 112 papas."
O QUE ESTARÁ PARA VIR?
Estas profecias valem o que valem. Não são obviamente revelação bíblica, mas não devem ser de todo descartadas. Isto porque o tempo em que todos estes grandes acontecimentos proféticos se aceleram e confirmam é indubitavelmente único na História. A confluência jamais vista de acontecimentos políticos, sociais, geológicos e em especial no que concerne a Israel e ao Médio Oriente não nos deixa dúvidas de que estamos realmente no final dos "últimos dias".
A Bíblia anuncia claramente a destruição de Roma - a "mãe de todas as abominações" - em Apocalipse 17 - 19 e as previsões de S. Malaquias e do próprio Nostradamus não são nada mais do que a confirmação dessa revelação bíblica. Só não sabemos o tempo e a época, mas tudo leva a crer que estamos muito próximos. E esta súbita "agitação" na História hoje sentida por todo o mundo pode bem ser mais uma pedra no complicado xadrez apocalíptico...
Sem dúvida, dias excitantes, estes...
Shalom, Israel!
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