A aliança ontem assinada entre os grupos palestinianos desde há 7 anos desavindos, o Hamas e a Fatah, é um passo atrás em todo o processo de paz entre israelitas e palestinianos. A pergunta lógica é como é que Israel pode até sentar-se à mesa com os inimigos do Hamas em cuja constituição está incluída a luta pela destruição de Israel...
As reacções do lado israelita a esta "aliança de morte" não se fizeram esperar, e as emoções andam ao rubro.
Ontem mesmo, algumas horas antes da notícia do acordo entre os palestinianos, já o primeiro-ministro israelita havia avisado a Autoridade Palestiniana de que teria de escolher entre fazer a paz com Israel ou com o Hamas.
Logo a seguir ao anúncio dos palestinianos, a posição do governo de Israel foi unânime na rejeição do prosseguimento das conversações com os palestinianos.
Por outro lado, o chefe palestiniano Abbas, entendeu esta aliança como um reforço para as negociações com vista à formação do estado palestiniano, lado a lado com Israel. Claro que Abbas está confiante que irá ganhar as eleições palestinianas marcadas para daqui a 6 meses, o que, a acontecer, aliviaria a presente situação na Faixa de Gaza, que passaria para o seu controle.
Os norte-americanos mostram uma certa compreensão para com Israel nesta situação, uma vez que entendem não se esperar que Israel se vá "sentar e negociar com um grupo que nega o seu direito à existência", como é o caso do Hamas.
Não só isso, mas também declararam ter de reconsiderar toda a ajuda que concedem aos palestinianos, tanto mais que o Hamas está na "lista negra" dos norte-americanos, estando considerada como uma organização terrorista.
ISRAEL CONSIDERA SANÇÕES AOS PALESTINIANOS
Reunido esta manhã para analisar toda a situação criada pela aliança palestiniana, o governo de Netanyahu considerou já a hipótese de punir os palestinianos com sanções, ainda a pensar.
O ministro Lieberman, mais radical, acusou o presidente da Autoridade Palestiniana de estar a fazer "terrorismo político."
ALIANÇA ENTRE O HAMAS E A FATAH
Esta reconciliação entre os inimigos de Israel inclui a formação de um governo unitário dentro de 5 semanas, a adesão do Hamas e da Jihad Islâmica à OLP, eleições para a presidência palestiniana e para o conselho nacional legislativo para daqui a 6 meses, e a implementação dos acordos anteriormente assinados em Doha e no Cairo.
SERÁ O INÍCIO DO CUMPRIMENTO DO SALMO 83?
Esta aliança dos inimigos de Israel remete-nos para as palavras proféticas do Salmo 83: "Os Teus inimigos tramam astutamente contra o teu povo (Israel) e conspiram contra os Teus protegidos. Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de Israel. Pois tramam concordemente, e firmam aliança contra ti." (Salmo 83:3-5).
Soa familiar?
Peçamos a Deus a Sua protecção para o Seu povo, tão necessária nestes próximos tempos...
Shalom, Israel!
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