Israel parou esta manhã para homenagear e honrar a memória dos 6 milhões de judeus mortos no maior genocídio da História: o Holocausto nazi.
Pelas 10 horas da manhã as sirenes tocaram por todo o território de Israel durante 2 minutos, levando todos os cidadãos israelitas a pararem todas as suas actividades, incluindo o próprio tráfego automóvel. Por essa hora, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Shimon Peres, entre outros dignatários, deslocaram-se ao Museu do Holocausto para o início das comemorações.
Este ano as celebrações são feitas sob a sigla de "Cada um tem um Nome".
Logo de seguida iniciaram-se as comemorações oficiais no Museu do Holocausto, com a leitura dos nomes das vítimas, e a deposição de coroas de flores.
Pouco depois, teve lugar outra homenagem aos milhares de judeus que salvaram outros judeus durante o Holocausto e nos anos que o precederam, na "Floresta dos Mártires", nos arredores da capital Jerusalém.
Pelas 11H00 realizou-se a habitual cerimónia no parlamento - o knesset - com uma alocução de Yuli Edelstein, que evocou o tema "Cada um tem um Nome", extraído do poema com o mesmo nome do poeta israelita Zoelda: "Cada um tem que ter um nome, não um número, um nome real que lhe foi dado pelos seus pais."
No início desta tarde iniciar-se-à a tradicional "Marcha dos Vivos", na Polónia, que levará milhares a percorrer numa marcha silenciosa o percurso entre o campo de concentração e morte de Auschwitz e o de Birkenau.
CRESCENTE ANTI-SEMITISMO NA EUROPA
Estas celebrações têm lugar num ano em que o anti-semitismo se torna novamente uma realidade preocupante na Europa. Ontem mesmo, parlamentares de todos os países europeus alertaram contra o avivamento da ideologia nazi e o crescimento do anti-semitismo por todo o continente.
Numa cerimónia de abertura da "Marcha dos Vivos" realizada ontem na Hungria, vários legisladores da Grécia, Polónia, Bélgica e Espanha avisaram que a onda de nacionalismo que se tem propagado por muitos países na Europa traz com ela o ressurgimento das ideias nazistas e fascistas.
Um relatório organizado pelo Centro Cantor da Universidade de Tel Aviv informa que durante o ano de 2013 foram documentados 554 incidentes violentos anti-semitas na Europa - cometidos com ou sem armas - incluindo incêndios provocados, vandalismo e ameaças directas contra pessoas, sinagogas, centros comunitários, escolas, cemitérios, monumentos e propriedades privadas.
O número de ataques directos a pessoas aumentou no ano referido.
Que jamais se repita! Holocausto, nunca mais!
Shalom, Israel!
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