ISRAEL SUSPENDE CONTACTOS OFICIAIS COM A AUTORIDADE PALESTINIANA

Reagindo à decisão dos palestinianos de avançarem com mais medidas para o reconhecimento da "palestina" nas instâncias internacionais, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avançou com medidas punitivas, dando ordens aos membros do governo para não se encontrarem mais com os seus pares palestinianos.

"Em resposta à violação palestiniana dos seus compromissos ligados às conversações de paz...os ministros do governo de Israel receberam ordens para evitarem reunir-se com os seus pares palestinianos."

Esta suspensão não inclui no entanto os contactos entre o Ministério da Defesa de Israel e a Autoridade Palestiniana, uma vez que um corte nesses contactos iria prejudicar a cooperação para a segurança na chamada Margem Ocidental (Judeia e Samaria). Esta suspensão não inclui também as conversações de paz.

Os palestinianos ainda não reagiram oficialmente a esta decisão, parecendo até não estarem informados sobre os pormenores da mesma. Segundo Mohammed al-Madani, oficial da Fatah e pessoa-contacto entre o presidente da AP e Israel, "Se for verdadeira, esta decisão é um erro. É impossível romper os laços entre israelitas e palestinianos. Devemos continuar a ter relações normais de forma a alcançarmos uma paz justa e duradoira."

Esta decisão de Israel deve-se ao impasse a que as conversações chegaram, devido em grande parte à intransigência palestiniana em não querer reconhecer Israel como o estado judaico. Israel, por seu lado, recusou libertar a última tranche de prisioneiros palestinianos detidos nas suas prisões. 

E, como seria de esperar, as acusações a Israel não vêm só dos palestinianos, mas do "fiel amigo" EUA, na pessoa do secretário de estado John Kerry, que, cansado de andar meses a fio a deambular para trás e para a frente, acusou Israel de não libertar os palestinianos e de ter entretanto aprovado a construção de mais 700 unidades residenciais.

Shalom, Israel!