O presidente de Israel Shimon Peres irá amanhã deslocar-se ao Egipto para se encontrar com o presidente egípcio Hosni Mubarak, segundo se crê para reactivar o "plano de paz saudita".
A "iniciativa árabe para a paz", inicialmente proposta pelo rei saudita Abdullah e mais tarde adoptada pela Liga Árabe numa reunião em Beirute já em Março de 2002, tem recebido atenção redobrada nestes últimos dias ao pensar-se que será o tópico das conversações entre Peres e Mubarak para amanhã.
A proposta árabe obriga Israel a sair de todos os territórios tomados na guerra de 1967, incluindo Jerusalém oriental. Estipula também que Israel tem de concordar com uma "solução justa" para o problema dos refugiados palestinianos baseada nas resoluções da ONU, as quais têm sido interpretadas pelos estados árabes como o "direito de retorno" a Israel. A única compensação árabe seria a normalização das relações dos países árabes com Israel.
Estas conversações não produzirão qualquer efeito, uma vez que ninguém sabe quem irá constituir o novo governo de Israel. Ao mesmo tempo a escolha de um novo presidente norte-americano e o não reconhecimento de Abbas por parte do Hamas como presidente da Autoridade Palestiniana criam um espaço de incertezas que impedem a concretização de qualquer acordo.
Esperemos que o novo governo de Israel seja bem mais firme do que o actual e que não caia na patetice em que alguns caíram de entregar terra para obter uma "paz" que nunca foi nem será alcançada dessa forma.
Shalom, Israel!
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