Num gesto inesperado e até há bem pouco tempo atrás inimaginável, o rei Abdullah incluiu Israel na lista dos países convidados a participarem numa conferência inter-religiosa a realizar nas Nações Unidas, em Nova Iorque, no próximo mês, afirmando: "Nada pode purificar a reputação do Islão senão o estender das mãos dos muçulmanos aos seus irmãos em outras religiões."
O rei saudita deu assim luz verde a Israel para que possa participar nesta conferência promovida pelo reino saudita, sendo a primeira vez que Israel é convidado a participar. Prevê-se que o presidente Peres e a indigitada primeira-ministra Livni participem neste evento.
O plano saudita para a paz no Médio Oriente foi também anexado a este convite que abrange 192 países.
O rei Abdullah, líder de um país onde os praticantes de outras religiões não podem abertamente exercer os seus cultos apela agora à tolerância religiosa e diz que este tipo de diálogo é o dever de todo o ser humano. O rei instigou também os muçulmanos a dialogarem com os não muçulmanos de forma a demonstrarem que o Islão não é uma religião de violência: "O diálogo surge numa altura em que o mundo está criticando o Islão. É lamentável que alguns dos nossos filhos tenham sido tentados por Satanás ou por irmãos de Satanás." - acrescentou o rei, referindo-se aos militantes islâmicos que têm realizado ataques pelo mundo fora. - "Nada pode purificar (a reputação do Islão) senão o estender das mãos muçulmanas aos irmãos de outras religiões." - acrescentou.
Talvez fosse boa idéia ele começar na própria casa dele, onde cristãos têm ao longo dos anos sido perseguidos e martirizados pela sua fé, colocando a Arábia Saudita no topo dos países onde a repressão religiosa atinge os níveis mais elevados...
Mas tudo isto não passará de retórica política e de "boas" intenções...
Shalom, Israel!
Sem comentários:
Enviar um comentário