Mais de 35 mil pessoas participaram hoje na marcha anual em Jerusalém, enchendo e alegrando as ruas da Cidade em plena Festa dos Tabernáculos (Sucote).
Apesar das previsões indicarem chuva, mais de 15.000 israelitas vieram à boleia de todas as partes do país por uma das três estradas de acesso à cidade, recreando a atmosfera vivida nas peregrinações no tempo do Templo.
Alguns dos caminhantes mais robustos fizeram uma caminhada de 22 kms., começando no Castelo, o local da batalha da Guerra da Independência, em Mevasseret Zion, enquanto que o caminho mais fácil era uma caminhada de cinco quilómetros a partir da Promenade Sherover.
Outros "peregrinos" vieram de outras partes até à Cidade de Jerusalém, subindo pela floresta e passando pelo Yad Hashem (Museu do Holocausto) até ao centro.
Ao final dos trilhos em Gan Sacher, os participantes juntaram-se a outras 20.000 pessoas que participaram das festividades da Festa, incluindo cerca de 7.000 cristãos amigos de Israel vindos de todo o mundo - incluindo Portugal, Brasil e os EUA - participando na última parte dos eventos do dia: uma parada/desfile passando pelo centro da cidade até à cidade velha.
"Estas pessoas são cristãos do mundo inteiro que responderam ao convite bíblico para se juntarem ao povo judeu durante este festival de alegria" - disse David Parsons, director dos media da Embaixada Cristã Interbacional em Jerusalém, que organiza eventos durante a semana da Festa dos Tabernáculos.
Citando diversos textos das Escrituras partilhados tanto por Judeus como por Cristãos, os organizadores sublinharam que os Tabernáculos são um tempo em que as nações do mundo devem subir a Jerusalém e celebrar com o povo judeu.
Pode-se dizer então que a profecia bíblica cumpriu-se no dia de hoje, quando se viam as bandeiras de países como a Noruega ou o Quénia desfraldadas por cima dos participantes.
Embora se espere que a profecia se venha a cumprir na era Messiânica, quando as várias nações virão oferecer sacrifícios no Templo reconstruído, muitos dos participantes disseram sentir-se abençoados por estar em Jerusalém, e por poderem desfrutar de uma demonstração tão poderosa de irmandade.
Parsons informou ainda que "esta é também uma marcha de solidariedade para demonstrar que estamos ao lado de Israel e contra a ameaça nuclear do Irão."
Os participantes manifestaram opiniões semelhantes.
"Nós somos os melhores amigos de Israel" - afirmou uma participante cristã vinda da Noruega - "Os cristãos sionistas são os melhores amigos de Israel e nós estamos aqui hoje para mostrar que estamos orgulhosos por isso".
Um grupo de participantes chineses, informaram o jornal Jerusalem Post que eram de facto judeus e que tinham vindo de várias tribos perdidas espalhadas pela China."Somos das tribos de Judá, Benjamin e Ruben" - informaram através de um intérprete - "e recebemos uma revelaçãode Deus para vir a Israel. Esta é a terra que Deus deu a Israel." - disseram - " e oramos todos os dias por ela".
À medida que os participantes desfilavam, a população presente saudava-os com vozes de alegria e hospitalidade. Nas palavras de Ariel Leshem, um advogado cuja família tem vivido em Jerusalém há sete gerações: "Isto é um cumprimento da profecia de Zacarias 14" - testemunhou - "É espantoso: nós vimos a Israel e vemos a Bíblia a desenrolar-se diante dos nossos olhos. É também o cumprimento de uma outra profecia" - continuou ele - "Ezequiel 37 - ossos secos reviverão. Há 70 anos atrás nós estávamos nas câmaras de gás, há 60 anos voltámos a reviver com a criação do Estado e agora estamos aguardando que o resto da profecia se cumpra, e temos de ser pacientes. Mas quanto mais depressa a cumprirmos, mais depressa o resto do mundo também será abençoado".
Shalom, Israel!
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