segunda-feira, agosto 01, 2011

NEM TUDO É FÁCIL EM ISRAEL...



A subida do custo de vida em Israel está a fazer com que o povo se manifeste nas ruas, tendo cerca de 150.000 israelitas enchido várias ruas e praças do país no passado Sábado.
A maior demonstração teve lugar em Tel Aviv, onde 60 mil pessoas ocuparam as ruas exigindo que o governo faça algo sobre o disparo nos preços das habitações, os preços do gás que se encontram fora de controle e os altíssimos custos com a educação.

Manifestações em que participaram milhares também tiveram lugar em Jerusalém, Haifa, Kiryat Shmona, Bersheva, Ashkelon, Ashdod, Modiin e Nazaré.
Embora o custo geral de vida em Israel esteja semelhante ao da América e Europa, os israelitas ganham em média cerca de metade daquilo que os americanos e a maioria dos europeus ganham, e às vezes muito menos. Claro que Portugal não entra nesta comparação, pois os salários em Portugal são ainda mais baixos que em Israel...
Os manifestantes estão exigindo aquilo que eles denominam como "justiça social". Entre as exigências estão estas:
1 - que algo seja feito para baixar os astronómicos preços das habitações (no centro de Israel os aumentos são desde há vários anos de cerca de 20% ao ano!)
2 - que a educação pública seja gratuita logo a partir do primeiro ano (a maior parte das mães israelitas são forçadas a trabalhar, mas têm de gastar a maior parte do salário nos cuidados diários, nada baratos).
3 - que os preços dos alimentos básicos sejam mantidos sob controle, tal como os preços dos combustíveis.
4 - que os trabalhadores nas áreas sociais, os polícias, bombeiros, médicos, enfermeiros e outros servidores públicos recebam melhores salários (muitos recebem actualmente um pouco mais que o salário mínimo).
O primeiro-ministro já admitiu que há uma crise com o custo de vida em Israel e por isso já pôs em acção reformas relacionadas com as terras que podem fazer baixar os preços das habitações.
No próprio Sábado das manifestações o gabinete de Netanyahu informou que está a trabalhar fora de horas, de forma a criar iniciativas que possam fazer baixar as taxas e cortar os custos com a gasolina e energia.
Mas o movimento pela "justiça social" está altamente politizado, e os seus líderes insistem que não descansarão enquanto o governo de Netanyahu não cair...
Os comentadores têm notado que os líderes dos protestos parecem esquecer que os governos de esquerda que precederam o de Netanyahu fizeram ainda menos para resolver estes problemas...
Com a esquerda é sempre assim. Muita falha de memória...
Netanyahu tem um verão "muito quente" à sua frente: como se já não bastassem os problemas a Norte, com a instabilidade na Síria, a presença ameaçadora do Hezbollah no Líbano, a crescente ameaça nuclear do Irão a leste, a contínua e perigosa instabilidade a sul com o crescimento do islamismo radical no Egipto, a proposta de legalização de um estado palestiniano em Setembro, enfim, agora vêm os problemas internos, talvez tanto ou mais complicados de resolver como os outros. 
Só Deus sabe como vai acabar este verão, mas que não vai ser fácil, certamente não será. Netanyahu e Israel precisam das nossas orações.
Shalom, Israel!  









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