Muitas pessoas desconhecem a origem judaica da Bíblia - a Revelação de Deus - e por isso ignoram que Deus escolheu um povo em particular para através dele comunicar a Sua mensagem ao mundo inteiro. Esse povo é obviamente o povo hebreu, responsável humano pela escrita, preservação e comprovação das Escrituras.
O POVO JUDEU ESCREVEU A BÍBLIA
Pode-se dizer que, humanamente falando, sem judeus não haveria revelação: "Qual é, logo, a vantagem do judeu?...Muita, em toda maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas" (Romanos 3:1-2).
Foi então através de Israel que o mundo recebeu o maior presente: o Filho de Deus, e também a Revelação (escrita) de Deus.
Mas, apesar de serem homens vulgares (como nós) esses profetas, poetas, reis, escribas e apóstolos, não escreveram de sua livre iniciativa, antes, fazendo uso do seu próprio estilo e talento, escreveram a Revelação bíblica "movidos" pelo Espírito de Deus: "Porque a profecia (revelação) nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21).
Toda a Escritura, desde Génesis a Apocalipse é assim inspirada (literalmente: soprada) por Deus aos homens santos, os "oráculos" de Deus: "Toda a Escritura é divinamente inspirada..." (2 Timóteo 3:16).
Sendo o Livro mais perseguido, a Bíblia é no entanto o Livro mais amado, mais actual, e mais lido em todo o planeta. É o único que transforma vidas e traz esperança e conforto aos necessitados. Por isso mesmo é chamado o "Livro dos livros", pois é único em todas as suas dimensões. Tal como escreveu Dyson Hague: "é intocável na sua grandeza; único no seu esplendor; misterioso na sua ascendência; e tão elevado acima de qualquer outro livro como é o céu acima da terra, como é o Filho de Deus acima dos filhos dos homens".
Quarenta homens oriundos de todos os estilos de vida, mas todos divinamente inspirados escreveram os 66 livros da Bíblia num espaço de tempo de cerca de 1.600 anos. Os primeiros 5 livros, chamados "a Lei", ou a "Torá" foram escritos por Moisés: "E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor..." (Êxodo 24:4; 34:27; Números 33:1-2; Deuteronómio 31:9 e 24). O último livro - Apocalipse - foi escrito pelo apóstolo João, um judeu, discípulo de Jesus: "Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer" (Apocalipse 1:19).
Todos os escritores da Bíblia eram judeus, com excepção do evangelista Lucas, que escreveu em grego. Deus escolheu estas pessoas em diferentes regiões do mundo para revelar a Sua Palavra. O famoso novelista e poeta escocês Robert Louis Stevenson (1850-1894) escreveu àcerca das escritas sagradas: "Escritos no Oriente, estes caracteres vivem para sempre no Ocidente; escritos numa província, eles invadiram o mundo; escritos em tempos rudes, eles são cada vez mais estimados, à medida que a civilização avança".
A Bíblia regista uma única história, desde Génesis a Apocalipse. É a descoberta da verdade de Deus. Não fosse o povo judeu, não haveria Bíblia. Graças a Deus pela escrita hebraica!
O POVO JUDEU PRESERVOU A BÍBLIA
Um velho tratado judaico chamado "Soferim" (escribas) é um livro que detalha as muitas regras a que os escribas judeus - copistas da Bíblia - tinham de obedecer.
Por exemplo: eles tinham de utilizar uma mistura especial de tinta negra. A transcrição tinha de ser feita num pergaminho de um animal puro. O número exacto de palavras e de letras em cada linha tinham que condizer com o original.
Cada palavra e letra eram contadas. Cada coluna não podia ter menos de 48 e não mais do que 60 linhas. Os escribas não podiam copiar de memória. Tampouco podiam copiar frase por frase ou palavra por palavra: as Escrituras tinham de ser copiadas letra por letra!
O trabalho era inspeccionado por pelo menos três escribas especialistas. Se houvesse uma omissão, ou se duas letras tocassem uma na outra, todo o texto era rejeitado.
Outras particularidades incluiam a altura e a largura, o espaço exacto entre letras, palavras e páginas, e entre o número de colunas. O processo era escrupulosamente estrito. Era esse o padrão para se manter a integridade do trabalho copiado.
O primeiro ministro de Israel, David Ben-Gurion (1886-1973) afirmou: "Nós preservámos o Livro, e o Livro preservou-nos a nós".
Até mesmo o Novo Testamento foi meticulosamente copiado seguindo regras rígidas. Graças a Deus pelos escribas judeus que preservaram a Bíblia para que ela pudesse chegar até nós!
O POVO JUDEU COMPROVA A BÍBLIA
"O Senhor deu a Palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas novas" (Salmo 68:11).
A história de Israel e a história da Bíblia estão interligadas. Ambas são eternas.
Nas palavras do grande escritor russo Leon Tolstoy (1828-1910): "O Judeu é o emblema da eternidade. Esse a quem nem o assassínio nem a tortura pôde destruir; esse a quem nem o fogo nem a espada nem a inquisição conseguiram expurgar da face da terra; esse que foi o primeiro a transmitir os oráculos de Deus, esse que por tanto tempo tem sido o guardião da profecia, a qual transmitiu ao resto do mundo - esse, a sua nação não pode ser destruída. O Judeu é tão eterno quanto a própria eternidade".
Assim como tantos têm tentado destruir o povo judeu, assim muitos têm também tentado destruir a Bíblia. Só que enquanto eles nascem e morrem, a Palavra de Deus "permanece para sempre": "Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a Palavra do Senhor permanece para sempre" (1 Pedro 1:24-25).
Pense só na vã declaração do filósofo ateu Voltaire (1694-1778): "Daqui a mais um século e não restará uma Bíblia na terra!" Mas, ironia das ironias, a mesma casa onde o filósofo declarou essas palavras tornou-se 100 anos depois na sede das Sociedades Bíblicas Internacionais, portanto o centro de divulgação da Bíblia para toda a Europa! E hoje, volvidos mais de 200 anos após essa provocação, a Bíblia continua a ser o livro mais vendido em todo o mundo!
"O céu e a terra passarão, mas as Minhas palavras não hão de passar" (Mateus 24:35).
A existência do povo judeu e da Bíblia provam a existência de Deus e a eterna influência da Sua Palavra.
Debaixo da direcção divina, o povo judeu escreveu, preservou e comprovou a Bíblia. E o resultado é uma Palavra infalível - "...Nem uma só palavra caiu de todas as Suas boas palavras..." (1 Reis 8:56) - inesgotável - "...nele lerá todos os dias da sua vida..." (Deuteronómio 17:19) - e indispensável - "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus" (Mateus 4:4) - a que nós chamamos Bíblia.
Assim, de cada vez (e eu espero que você o faça regularmente) que abrir a sua Bíblia, dê graças a Deus pelo Tesouro que Ele colocou nas suas mãos através do povo judeu. Dê então graças a Deus por Israel também!
Shalom, Israel!
1 comentário:
Eu tenho três Bíblias em minha casa, enquanto que muitos não tem nenhuma; Agradeço a Deus e os Judeus por esse presente valioso!!
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