quinta-feira, abril 03, 2014

RABINOS PEDEM CONSTRUÇÃO DE SINAGOGA NO MONTE DO TEMPLO, EM JERUSALÉM

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu esta semana uma carta assinada por um grupo de rabinos ligados ao grupo "National Religious", defendendo a construção de uma sinagoga no lugar mais sagrado do judaísmo: o Monte do Templo, actualmente ocupado pelas mesquitas.
O grupo que assinou a carta é bastante variado e representativo, pois inclui rabinos das facções religiosas conservadoras, grupos liberais e religiosos sionistas, bem como professores, educadores e profissionais.
"O Monte do Templo é um lugar singular para a oração" - afirma a carta - "Como primeiro-ministro, pedimos-lhe que faça o que for necessário para estabelecer um lugar de oração para judeus no Monte do Templo, de uma forma respeitável e pacífica, que honre o lugar sagrado pelo qual todos nós ansiamos."
O documento foi preparado e enviado pela organização Amutat Yishai, que apoia a construção de uma sinagoga numa localização específica do Monte do Templo à qual muitos rabinos concordam que os judeus possam ter acesso. A carta defende a construção de uma estrutura nessa área, onde os judeus possam orar.
Os judeus que actualmente sobem à esplanada do Monte do Templo têm permissão apenas para ir a certas áreas da mesma e têm de aderir a certas restrições ligadas aos rituais de purificação, e é por isso que uma grande parte do recinto está hoje interdita aos judeus.
No entanto, um número de rabinos concordam com os historiadores que alegam que certas áreas do Monte do Templo não estavam incluídas nas delineações da área do Templo Santo, permitindo assim tais visitas - mesmo em estado de impureza ritual - desde que fossem providenciadas no local facilidades para o ritual da imersão e que outras disposições fossem também cumpridas.
MUÇULMANOS PODEM ORAR NO MONTE. E O JUDEUS?
Os grupos muçulmanos, incluindo o Waqf Islâmico que supervisiona os santuários muçulmanos sobre o Monte do Templo, opõem-se ferozmente a qualquer forma de presença judaica no local. e de forma a evitar conflitos, as autoridades israelitas simplesmente proibiram os judeus de orar no local.
A maioria dos estudiosos judeus partilha a crença de que é necessária a construção de um terceiro Templo sobre o Monte do Templo. Moisés foi instruído no Livro do Deuteronómio (12:13 e 14) para "Guarda-te, que não ofereças os teus holocaustos em todo o lugar que vires; mas no lugar que o Senhor escolher numa das tuas tribos, ali oferecerás os teus holocaustos, e ali farás tudo o que te ordeno."
JUDEUS VISITANDO O MONTE. SÓ NÃO PODEM ORAR...
As evidências das Escrituras apontam para o Monte Moriá (também conhecido como "monte do Senhor", ou "Monte Sião") como o local escolhido por Deus para o Seu Templo (Salmo 48). Por isso, se o terceiro Templo for erigido, será muito provavelmente no sítio do Monte do Templo. 
Várias posições têm sido adiantadas acerca da exacta localização do mesmo - um dos pontos de vista é vê-lo construído ao lado do Domo da Rocha. Outras opiniões defendem a remoção do Domo da Rocha, para dar lugar ao Templo. Cada um das perspectivas parece no entanto conduzir ambos os lados a uma contagem decrescente para um confronto.
GRUPO SHALOM - AGOSTO DE 2013
Em Outubro passado, o jornal Tehran Times relatou que um porta voz do Ministério das Relações Exteriores do Irão tinha denunciado um plano israelita para construir uma sinagoga perto da mesquita al-Aqsa, apelando à comunidade internacional para prevenir mais "conspurcação" do Monte do Templo.  Durante um discurso televisivo feito naquela altura, Ismail Haniyeh, primeiro-ministro do Hamas, condenou os esforços israelitas para "judaizar" Jerusalém, encorajando todos os palestinianos para agirem contra as alegadas "medidas expansionistas" de Israel.
Entretanto em Israel, um comentador do jornal "The Jerusalem Post" escreveu o seguinte comentário: "O estado das coisas no Monte do Templo é intolerável e insustentável. Liberdades básicas como o direito ao culto e à livre expressão estão sendo espezinhadas, e os judeus são sujeitos a descriminações desconhecidas em qualquer outra parte do mundo ocidental num lugar de tal significado profundo para a História e destino dos judeus."
Michael Freund, autor do artigo no jornal israelita, tinha conduzido um tour pelo Monte do Templo com mais de 50 judeus oriundos da sinagoga Ra'anan Ohel Ari, e assinalou o seguinte. "...foi deprimente ver até que ponto o governo israelita cede às ameaças de instabilidade árabe à custa dos seus próprios cidadãos e dos seus direitos básicos."
Freund fornece exemplos de claros precedentes históricos de quando os direitos dos judeus eram respeitados, especialmente durante períodos em que o Monte do Templo se encontrava sob controle muçulmano.

JUDEUS E MUÇULMANOS JÁ CONVIVERAM JUNTOS NO MONTE DO TEMPLO
Um desses casos mostra uma sinagoga e um lugar de estudos judaicos funcionando no Monte do Templo onde os judeus podiam ir orar em liberdade por mais de quatrocentos anos, depois que o califa Omar conquistou a Terra de Israel em 633-4 d.C.
NÃO É FALTA DE ESPAÇO...
Isso foi confirmado pelo rabino Abraham bar Chiya HaNassi, grande líder e autoridade rabínica espanhola do século 12, que escreveu no livro "Megilat Megaleh" que, "no início, depois de os romanos terem destruído o Templo, Israel não foi impedido de subir lá e orar, e da mesma forma os reis de Ismael estabeleceram um costume beneficiente e permitiram a Israel subir ao Monte do Templo e construir uma casa de oração e estudo."
O rabino ainda acrescentou que "todos os exilados de Israel que viviam perto do Monte do Templo subiam nos festivais e feriados e oravam ali."

TERCEIRO TEMPO A CAMINHO
MUITO ESPAÇO PARA UM TEMPLO JUDAICO...
Apesar das actuais profundas divisões religiosas entre judeus e muçulmanos que têm conduzido a uma salvaguarda territorial dos acessos ao Monte, sabemos pelas Escrituras proféticas da Bíblia que existirá um terceiro Templo construído sobre este lugar sagrado.
Embora a construção de um Templo não seja um pré-requisito para o início do período de 7 anos da Tribulação, as Escrituras bíblicas apontam para a construção de um Templo e início da adoração no mesmo antes do meio desse período de 7 anos de tribulação. 
Quando os discípulos de Jesus Lhe perguntaram acerca da "consumação do século", Ele avisou as gerações futuras que vivessem em Jerusalém no Seu discurso profético para estarem conscientes da proximidade do "abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo" - Mateus 24:15.

O TEMPLO E O ANTICRISTO
No Livro de Daniel (capítulos 11 e 12), o profeta avisa que os anos finais conducentes ao estabelecimento do Reino de Deus na terra produziriam um líder político (o Anticristo) que confirmará uma aliança de paz com Israel por 7 anos. A meio desse período de tempo, o Anticristo fará cessar os sacrifícios no Templo, voltar-se-à contra Israel, e exaltar-se-à como deus, selando aí o seu destino final - eterna e permanente separação de Deus no lago de fogo (Apocalipse 20:10).
ATÉ QUANDO VEREMOS ESTA IMAGEM?
No entretanto, poderá a construção de uma sinagoga no Monte do Templo e o restabelecimento do direito dos judeus a poderem orar ali ser a pedra basilar para a construção de alguma tolerância e respeito mútuo entre judeus e árabes? Por muita relutância que ambas as partes sintam ao encararem tal possibilidade, seria necessária uma mudança de atitude como preparação para um muito maior acordo que em última análise dará lugar à construção de um terceiro Templo. Há quem já especule que o actual processo de paz poderá conduzir a um entendimento que poderá vir a permitir a reconstrução de um Templo. 
Se não se chegar a um acordo diplomático, talvez então a guerra venha a conseguir o resultado desejado...
CANDELABRO PREPARADO PARA O TEMPLO

Enquanto isso, continuam as preparações para o Templo...

Shalom, Israel!

1 comentário:

Anónimo disse...

Acredito que o terceiro Templo descerá a terra enviado pelo próprio D'us.Os homens nada poderão fazer contra.

Fabiana