sábado, novembro 04, 2017

PRIMEIRO-MINISTRO LIBANÊS DEMITIU-SE APÓS TENTATIVA DE ASSASSINATO

O primeiro-ministro do Líbano Saad Hariri resignou do seu cargo após ter sido revelada uma tentativa de assassinato "há poucos dias atrás."
Alegando ameaças à sua vida, o primeiro-ministro anunciou a sua resignação durante a actual visita a Arábia Saudita.
Não se conhecem muitos detalhes sobre a tentativa de assassinato, excepto que os "perpetradores da tentativa interceptaram as torres de controle no momento em que a comitiva de Hariri ia passando."
Este anúncio da resignação do líder libanês apanhou toda a população de surpresa, acrescentando instabilidade ao clima já demasiado tenso que se vive actualmente na região.
Hariri mencionou num discurso que o clima actual é em todo semelhante ao experimentado na ocasião do assassinato do seu pai, Rafik Hariri, segundo se crê da autoria do movimento terrorista islâmico Hezbollah, que de facto domina toda a região.
Percebe-se a mão do Irão em toda esta instabilidade, algo que Hariri quis combater a todo o custo. "O mal que o Irão espalha na região vai-se voltar contra si" - afirmou Hariri, responsabilizando o regime dos ayatollahs iranianos pelo caos, conflitos e destruição instalados por toda a região.
"O Irão tem a sua garra presa ao destino das nações da região...O Hezbollah é o braço do Irão, não apenas no Líbano, mas em outros países árabes também" - acusou o ministro.
"Nestes últimos anos o Hezbollah tem utilizado a força das suas armas para impor-se como um facto assumido na região" - acrescentou o ministro demissionário.
 
UM PAÍS DIVIDIDO
O Líbano encontra-se profundamente dividido. Por um lado, o sunita muçulmano Hariri, leal ao regime da Arábia Saudita, e por outro, uma parte da população leal ao Irão e ao seu fundamentalismo xiita representado pelo Hezbollah. O actual presidente Michel Aoun é um aliado próximo do Hezbollah.
O Hezbollah é um aliado vital do regime sírio de Bashar Assad na guerra que a Síria está a travar contra o Daesh e contra os grupos armados da oposição.
O agora resignado primeiro-ministro acusou o Irão por não ter conseguido unir o seu país, sendo o responsável pelos abusos cometidos no seu país.
Toda a região está vulnerável ao conflito entre os xiitas do Irão e os sunitas da Arábia Saudita, com Israel pelo meio, altamente preocupado com a presença cada vez maior do Irão na sua fronteira Norte. Várias fábricas de armamento têm sido atacadas nestes últimos meses pela aviação israelita, temendo-se que o Irão procure instalar-se cada vez mais na Síria e no Líbano para atacar o estado judaico.
 
Shalom, Israel!
 

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