Uma empolgante descoberta no Monte Sião, em Jerusalém, foi revelada anteontem, constituindo os restos da muralha da cidade do tempo do Segundo Templo (2º século a.C. - 70 d.C.) que foi construída pelos reis hasmoneus e que foi destruída durante a Segunda Revolta, e ainda os restos de uma muralha do tempo dos bizantinos (324 - 640 d.C.) que foi construída sobre a anterior. Ambas foram descobertas durante extensas escavações a decorrer actualmente no Monte Sião. As linhas destas fortificações delineram Jerusalém a partir do sul nos períodos em que a Cidade tinha alcançado a sua maior expansão.
Esta escavação tem decorrido nestes últimos um ano e meio sob a direcção do arqueólogo Yehiel Zelinger, da Autoridade das Antiguidades de Israel em coopreação com a Autoridade para a Natureza e Parques de Israel e com o apoio financeiro providenciado pela Fundação Ir David (Cidade de David).
O projecto está sendo implementado como parte do plano mestre para o Parque Nacional das Muralhas de Jerusalém, cujo propósito é preservar a região à volta da Cidade velha de Jerusalém para uma área aberta ao turismo. No futuro, os restos das muralhas antigas da Cidade serão incorporadas num passeio que circulará à volta do lado sul do Monte Sião, continuando ao longo de Gai Ben Hinnom e terminando na Cidade de David.
Nas palavras do arqueólogo Yehiel Zelinger, director da escavação, "Agora que localizámos as duas muralhas no Monte Sião, isso vem corroborar a nossa teoria relacionada com a expansão da cidade para sul durante estes dois períodos, quando Jerusalém alcançou a sua maior expansão.No período do Segundo Templo, a Cidade com o Templo no seu centro era um ponto focal para a peregrinação dos Judeus vindos de todo o mundo antigo - e no período bizantino atraía peregrinos cristãos que vinham seguir os passos da vida e da morte do Messias.
Os artefactos indicam que apesar de os construtores da muralha bizantina não saberem da existência de uma muralha dos tempos do Segundo Templo, eles construíram a sua muralha seguindo exactamente o mesmo traçado. O facto de que após 2.100 anos os restos da primeira muralha da cidade se encontrarem preservados até uma altura de 3 metros é simplesmente espantoso! Esta é uma das mais belas e completas fracções de construção do tempo dos Hasmoneus jamais encontradas em Jerusalém".
Shalom, Israel!
1 comentário:
Muito legal mesmo essa informação. Parabéns pelo artigo.
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