O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, apresentou esta noite a sua resignação oficial ao presidente Shimon Peres, dando fim a um período curto de governo caracterizado por alguns dos maiores escândalos financeiros e falhas de segurança na breve história desta moderna nação.
Peres irá agora iniciar de imediato a formalidade de se reunir com os líderes das várias facções do Knesset (parlamento) para determinar quem será o membro do Knesset a assumir a responsabilidade de formar o próximo governo. Como nova líder do Partido Kadima no poder, a Ministra dos Negócios Estrangeiros Tzipi Livni tem praticamente o cargo assegurado.
Mas as chances de sucesso para Livni formar uma coligação de um governo estável são bastante ténues.
Tanto o partido da oposição - Likud - como o Partido Trabalhista estão interessados em novas eleições a nível nacional, certos de que conseguirão recuperar assentos no parlamento dum Partido Kadima severamente enfraquecido por uma crescente corrupção e pela saída ou queda das suas figuras de liderança.
Livni tem 28 dias para formar o seu novo governo, com uma possível extensão de 14 dias. Olmert continuará entretanto a dirigir os destinos da nação. Longe de querer perder tempo, Olmert tenciona utilizar as suas últimas semanas de governo tentando concluir apressada e inadvertidamente um "acordo de paz" com os palestinianos.
Se Livni não conseguir reunir um governo de coligação dentro do prazo estabelecido, Olmert continuará no poder até que novas eleições gerais sejam realizadas no início do próximo ano.
Esta seria obviamente a melhor opção, uma vez que um governo Kadima só trará mais perdas a Israel.
Shalom, Israel!
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