Cresce a nível internacional o interesse pela causa das 276 meninas nigerianas raptadas há 4 semanas pelo grupo islâmico Boko Haram, e que se teme tenham sido vendidas como escravas, segundo as "ordens recebidas de Alá" dadas ao líder deste grupo islâmico.
A França já propôs uma cimeira de líderes africanos para debater este assunto, os Estados Unidos por uma lado mostram "preocupação" pela situação das meninas, mas ao mesmo tempo já adiantaram que não vão colocar "tropas no terreno."
ISRAEL PARTE PARA A ACÇÃO
Em situações como estas, Israel tem sempre demonstrado um maior pragmatismo, pelo que já se propôs oferecer ajuda ao governo da Nigéria para encontrar o paradeiro das meninas sequestradas.
Numa conversa telefónica desde o Japão, onde se encontra em visita oficial, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ofereceu a ajuda israelita ao presidente da Nigéria: "Israel expressa o seu profundo choque pelo crime cometido contra as meninas" - afirmou o ministro, acrescentando: "Estamos desejosos de ajudar na assistência para a localização das meninas e ajudar a combater o terrorismo que vos tem sido infligido."
O governo de Jerusalém já recebeu entretanto um telefonema do presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, aceitando a oferta israelita para ajudar a encontrar as adolescentes raptadas do dormitório do colégio que frequentavam na cidade de Chibok, no estado de Borno, na madrugada de 14 de Abril.
O presidente Jonathan disse ao primeiro-ministro israelita que "a Nigéria ficará grata por receber no terreno o conhecimento e experiência sobre o anti-terrorismo globalmente reconhecido a Israel para apoiar nas operações em curso."
AJUDA INTERNACIONAL
"SEM MISERICÓRDIA"
O grupo islâmico Boko Haram, que considera que "a educação ocidental é pecaminosa", tem desde 2009 vindo a atacar escolas, igrejas, instalações governamentais e civis, em número crescente.
Só neste ano mais de 1.500 pessoas foram mortas por este grupo, mesmo apesar do estado de emergência imposto nesta região nigeriana. Os militantes deste grupo islâmico são também acusados de terem destruído por completo a aldeia de Liman Kara na passada sexta-feira.
Segundo o arcebispo anglicano de Cantuária, Justin Welby, com alguma experiência anterior na negociação com grupos violentos na Nigéria, as meninas estarão enfrentando "um risco colossal."
Welby afirmou: "Elas (as meninas) estão nas mãos de um grupo muito disparatado, extremamente irracional e de difícil abordagem, além de ser totalmente cruel e isento de misericórdia, conforme os exemplos dados no passado."
Segundo o arcebispo, este grupo "alimenta-se" da pobreza e do desemprego latentes no Norte do país, de predominância islâmica, sendo essa situação um "combustível" de apoio popular a este grupo islâmico.
"CONVERTIDAS AO ISLÃO"
Esta gravação com a duração de 27 minutos mostra várias meninas com a cabeça coberta recitando o Corão à medida que vão fazendo declarações de fé islâmicas.
O video foi feito numa área florestal não identificada.
Esperamos e oramos para que estas meninas sejam rapidamente encontradas e em bom estado!
Shalom!
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