Durante a sua visita à Grande Sinagoga de Paris logo depois da marcha "anti-terrorista" de ontem que juntou várias dezenas de líderes mundiais e mais de um milhão e meio de manifestantes em Paris, e na qual participou activamente, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fez um convite claro para que os judeus franceses fossem para Israel, nesta altura em que o anti-semitismo se faz sentir cada vez mais por toda a França e não só: "Os judeus têm o direito de viver onde quiserem. Mas nestes dias os judeus têm uma oportunidade que não existia no passado, que é viver em liberdade no único estado judaico, o estado de Israel."
E acrescentou: "Qualquer judeu que decidir vir para Israel será recebido de braços e corações abertos. Não é uma nação estrangeira e esperamos que tanto eles como vós aqui possais um dia vir para Israel."
O primeiro-ministro israelita descreveu a sua intervenção de ontem na sinagoga parisiense como "emocional" e como "um momento de genuína solidariedade judaica."
"A visita a Paris foi também um momento de solidariedade geral com a humanidade" - acrescentou Netanyahu, que
desfilou na linha da frente do grupo de líderes mundiais, lado a lado com Sarkozy, o presidente do Mali, François Hollande, Angela Merkel e (imagine-se!) o líder terrorista da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.
O EX-PRESIDENTE SARKOZY, TAMBÉM ELE JUDEU, NA SINAGOGA DE PARIS |
Durante a sua intervenção na sinagoga de Paris, Netanyahu agradeceu à França pela sua "posição muito firme" contra o anti-semitismo.
Netanyahu foi acompanhado na sinagoga pelo presidente francês François Hollande, pelo ex-presidente Sarkozy (um provável candidato à reeleição presidencial), pelo primeiro-ministro Manuel Valls e outros líderes políticos franceses e israelitas.
"O nosso inimigo comum é o islamismo radical e extremista - não o islamismo normal" - afirmou o líder israelita, aproveitando ainda para dar um "recado" aos líderes europeus: "Hoje, Israel está ao lado da Europa, mas eu gostaria que a Europa estivesse também ao lado de Israel."
"Aqueles que recentemente mataram e massacraram judeus numa sinagoga em Israel e aqueles que mataram judeus e jornalistas em Paris são parte do mesmo movimento de terrorismo global. Devemos condená-los da mesma forma, devemos lutar contra eles da mesma forma."
"Curvamos as nossas cabeças em memória das vítimas" - afirmou Netanyahu, referindo-se aos 4 judeus assassinados no supermercado judaico - "Como representantes de uma nação orgulhosa,erguemo-nos encarando o mal." E, fazendo referência ao Livro do Êxodo (1:12), Netanyahu afirmou: "Mas, quanto mais os afligiam, mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam", acrescentando: "porque a justiça e a verdade estão connosco."
"Esta é a verdade: o islamismo radical é o inimigo de todos nós. Este inimigo tem muitos nomes - estado islâmico, Hamas, Boko Haram, al-Qaeda, al-Nusra, al-Shabaab, Hezbollah - mas são todos ramos da mesma árvore venenosa."
UM HERÓI MUÇULMANO QUE SALVOU 6 JUDEUS
Netanyahu elogiou e agradeceu ainda a Lassana Bathily, o muçulmano empregado do supermercado que salvou a vida de seis judeus, ao escondê-los dentro do frigorífico da loja.
Funcionário da loja judaica "Hyper Cacher" desde há quatro anos, o francês muçulmano de origem mali, teve uma atitude heróica na passada Sexta-Feira quando, arriscando a sua própria vida pela presença do terrorista islâmico, decidiu mesmo assim, e sem hesitação, esconder 6 dos reféns judeus dentro da sala frigorífica, fora da vista do sequestrador.
Lassana Bathily, de 24 anos, revelou a sua nobre atitude, confessando no entanto estar ainda a viver em "estado de choque":
"Sou um devoto muçulmano. Até rezo dentro da loja. Damo-nos excelentemente bem uns com os outros, os judeus e eu, e o ataque terrorista feriu-me imenso."
MAIS SEGURANÇA PARA OS JUDEUS FRANCESES
Num gesto obviamente político visando sossegar a forte comunidade judaica no país, o governo francês decidiu alocar 5.000 elementos policias e de segurança para proteger as 700 escolas judaicas do país.
Essa promessa foi revelada pelo ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, durante a sua visita a uma escola judaica no sul de Paris, próxima do local onde o terrorista islâmico Amedy Coulibaly abateu uma mulher polícia, um dia antes de ter feito 15 reféns judeus num supermercado "kosher" no centro de Paris e abatido 4 judeus dentro da mesma loja.
Esta decisão tem a ver com a revelação feita pelo terrorista de que o seu alvo eram os judeus, e também à descoberta de endereços de escolas judaicas no seu telefone celular.
Benjamin Netanyahu dirigiu-se esta manhã ao local deste massacre para prestar uma singela homenagem às vítimas do mesmo, 4 homens judeus que serão sepultados amanhã em Jerusalém.
MAIS JUDEUS FRANCESES PARTIRÃO PARA ISRAEL
2014 foi o ano de viragem para os judeus franceses que imigraram para Israel. Mais de 7 mil decidiram fazê-lo, mais do que o dobro do ano anterior.
Mais de meio milhão de judeus vivem ainda na França, constituindo a terceira maior presença judaica fora de Israel a nível mundial.
Para muitos judeus, o massacre de sexta-feira passada em que um terrorista islâmico assassinou 4 judeus que tranquilamente faziam as suas compras num supermercado "kosher" foi a "escrita na parede", ou seja: o aviso desde há muito conhecido de que os judeus não estão mais seguros em terras gaulesas.
Esta é uma França que quase não reage quando crianças judias são assassinadas no seu território (Toulouse, 2012), que se permite assistir impávida e serena aos constantes ataques e provocações aos seus cidadãos judeus. Esta é a mesma França que se junta nas ruas para grandes manifestações anti-semitas quando da intervenção "obrigatória" israelita na Faixa de Gaza, visando proteger os seus cidadãos dos constantes ataques terroristas. Esta é uma França insegura, claramente anti-semita, mais preocupada em defender os seus pretensos direitos à "liberdade de expressão" do que a atacar de frente o terrorismo anti-semita. Sim, porque se em vez de caricaturistas tivessem sido "meros" judeus franceses os alvos do massacre, não assistiríamos a quaisquer manifestações de solidariedade como ontem se viram por toda a parte...
UMA AFIRMAÇÃO PROFÉTICA
Presente também em Paris, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman, proferiu algumas palavras que, no meu entender, foram uma autêntica declaração profética:
"Depois de milhares de anos, a nação de Israel tem finalmente um estado que é seu, e queremos ver ali todos os nossos irmãos judeus."
É desejo de Liberman ver todos os judeus a fazerem aliyah (retorno) para Israel, "não importando de onde."
Que esse desejo se cumpra em breve! Mais que um desejo, é uma afirmação profética coerente com o desejo de Deus para estes dias.
Que assim seja!
Shalom, Israel!
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4 comentários:
Em meio a tanta notícia ruim, duas notícias maravilhosas, pelo menos para mim: Um muçulmano estava trabalhando no supermercado judeu e este funcionário salvou vidas. Tá aí uma pontinha de esperança! É assim que tem que ser: Integração de todos os povos. Aqui no Brasil há inúmeras lojas, bares, restaurantes, etc., de árabes, portugueses, judeus, europeus, africanos, asiáticos, americanos... Enfim, se esta passeata trouxer alguma coisa boa para o mundo, Europa, Israel, países islâmicos que seja isto: o exemplo de Lassana Bathily... O Brasil também poderia ser um exemplo, mas, infelizmente, nossa diplomacia se tornou partidária. Eu prefiro o exemplo de pessoas íntegras, sejam muçulmanos, sejam europeus, sejam judeus... Também fiquei triste pelo policial morto friamente na calçada pelos terroristas. A imprensa revelou que ele era muçulmano. Há muitos muçulmanos na Europa, na França... Talvez, seja a hora mesmo dos judeus voltarem para sua terra. Por incrível que pareça, mesmo com tantos inimigos ao redor, lá eles estarão mais seguros, pois têm um governo que se importa...
Shalom Israel!
Olga
O que faz um terrorista ao lado dos líderes europeus? É por este fechar de olhos, a subserviência ao politicamente correto, a negação de que a ideologia islâmica é o cancro da europa, que no futuro poderão acontecer tragédias similares. Tomara que o contrário aconteça, o bom-senso impere e o mundo se pacifique. Será possível?
Chegou há muito o tempo de ação e reação coordenada entre Tsahal, Mossad, bons sionistas em Israel, na França e em qualquer lugar do mundo. Ligas e alianças sionistas são tão urgentes quanto as judaicas em prol do bem e da bondade, claro; tudo tem seu preço.
Post está cheio de verdades. A Europa está pagando caro por todo mal que tem feito ao "povo eleito" e também por rejeitar o Messias judeu.
Fabiana Leite
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