"Não há mais um povo escolhido" - foi com esta barbaridade que o arcebispo norte-americano Melkite se pronunciou durante o sínodo dos bispos do Médio Oriente, que encerrou sábado passado no Vaticano. E não se deixando ficar atrás, os bispos convocados pelo papa Bento 16 "exigiram" no passado sábado que Israel aceite as resoluções da ONU apelando ao "fim da ocupação israelita nas terras árabes".
E num comunicado final, os bispos mandaram também um recado a Israel de que não deveria usar a Bíblia para justificar "injustiças" contra os palestinianos.
"As Sagradas Escrituras não podem ser usadas para justificar o retorno dos judeus a Israel e o deslocamento dos palestinianos para justificar a ocupação de terras palestinianas por parte de Israel" - afirmou o monsenhor Cyril Salim Bustros, arcebispo grego da "Nossa Senhora da Anunciação" em Boston, Massachusetts, e presidente da "Comissão para a Mensagem" na conferência de imprensa feita neste sábado no Vaticano.
"Nós os cristãos não podemos falar da 'terra prometida' como um direito exclusivo para um privilegiado povo judeu. Esta promessa foi anulada por Cristo. Não existe mais um povo escolhido - todos os homens e mulheres de todos os países têm-se tornado o povo escolhido.
Mesmo que a liderança do estado de Israel seja judaica, o futuro está baseado na democracia."
Mordechai Lewy, embaixador de Israel na Santa Sé, dise ao jornal The Jerusalem Post que aquilo que o bispo quer dizer ao afirmar que Jesus anulou a aliança de Deus com o povo judaico é que se está "voltando à teologia sucessionista, contradizendo o ensino do Segundo Concílio do Vaticano e o próprio papa Bento 16 - que deram as boas vindas ao retorno dos Judeus à sua antiga terra."
"E também" - acrescentou o embaixador - "ao convidar os refugiados palestinianos a voltarem e negar-se o direito de Israel a se definir como um estado judaico - o único no mundo - está a regressar-se às posições de linha dura que negam o direito a Israel de existir".
Durante o simpósio, os bispos apelaram à comunidade internacional para que se aplicassem as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptadas em 1967, que obrigavam Israel a retirar-se dos territórios árabes conquistados durante a Guerra dos Seis Dias. Os bispos exprssaram ainda "esperança" de que a solução de 2 estados "se torne uma realidade e não apenas um sonho".
O documento lavrado nesta cimeira apela ainda a que se dêem os "passos necessários legais para se pôr um fim à ocupação nos diferentes territórios árabes."
As posições do Vaticano para com Israel nunca foram simpáticas, mas a ignorância espiritual e bíblica quanto ao plano de Deus para com Israel é lamentável e reprovável. Não há um único ponto do Novo Testamento que fundamente a alegação católica-romana de que "a promessa foi anulada por Cristo"!
Mas não é de admirar: afinal, desde quando é que o Vaticano seguiu a Bíblia como regra de fé e linha de orientação? Nunca!
O pior é quando se vêem não poucos ditos líderes evangélicos seguindo o mesmo trilho do engano, adoptando a "teologia da substituição" ensinada pos Santo Agostinho, mas esquecendo todo o ensinamento profético bíblico, muito em especial aquilo que o grande apóstolo São Paulo escreveu aos Romanos (capítulo 11)...
Inqualificável e lamentável...
Shalom, Israel!
4 comentários:
Shlom
no fim de semana vi Paul Mcguire no canal God tv a afirmar exactemente isso: há evangélicos que vão na linha da Católica Romana, ainda que possa parecer estarem cheiinhos de boas intenções, veja-se a Open letter de Paul Macguire a Rick Warren, sim Rick Warren.
Eu e minha família, todos evangélicos, estamos sempre orando por Israel, por isso somos abençoados. O que Deus deu a Israel ninguém pode tirar. A Israel de Deus sofre, porém terá vitória eterna.
Israel continua povo de Deus e as promessas feitas por Deus a Israel continuam a existir. Sou evangélico e junto com minha esposa e filhos oramos por Isarel. Por isso somos abençoados.
Deus abençoe Israel.
...
Por que Bento XVI e os prelados vaticanistas não mandam os palestinos para o Vaticano, para lhes fazer companhia?
Israel sempre será dos Judeus. O único povo escolhido pelo Altíssimo. Com fé, coragem e esperança, nós judeus, triunfaremos.
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