quinta-feira, setembro 12, 2013

PAPA FRANCISCO I APROXIMA-SE DOS JUDEUS, AFIRMANDO QUE O JUDAÍSMO É A "RAIZ SANTA" DO CRISTIANISMO...

Cumprindo uma agenda incontornável que ele próprio desconhece, o chefe supremo da Igreja Católica Romana, Francisco I, veio publicamente elogiar os judeus por guardarem a fé, "apesar das provas."
Quando se referiu às "provas", Francisco I referia-se obviamente ao Holocausto e a outras "provas terríveis" ao longo da História, tendo reafirmado o judaísmo como a "raiz santa" do cristianismo.
Só foi pena o chefe do Vaticano não ter publicamente assumido que os maiores crimes e atrocidades contra os judeus foram cometidos pela própria instituição que ele representa, e por um dos membros (Hitler) confessos da mesma... 
Certamente o "papa" sofre de alguma conveniente e oportuna amnésia...
Estas afirmações actuais de Francisco I foram feitas numa carta aberta a Eugenio Scalfari, um proeminente ateu italiano e editor fundador do diário liberal italiano "La Repubblica."
Esta carta sem precedentes do papa católico foi publicada na primeira página da edição de ontem do jornal italiano, em resposta aos editoriais escritos durante o Verão por Scalfari e direccionados ao papa. Os editoriais eram relacionados a assuntos de fé e religião.

"UM DIÁLOGO CERTO, APROPRIADO E PRECIOSO"
A resposta do "papa" afirmou a necessidade de um diálogo aberto com os não-crentes, que ele designou como "certo, apropriado e precioso."
Francisco I respondeu também à questão colocada pelo jornalista italiano sobre "o que é que deveríamos dizer aos nossos irmãos judeus acerca da promessa que lhes foi feita por Deus: terá ela resultado em nada?"
"Acredite-me," - respondeu o "papa" - "está é uma questão que nos desafia a nós radicalmente como cristãos, porque, com a ajuda de Deus, especialmente depois do Segundo Concílio do Vaticano, temos vindo a redescobrir que o povo judeu é ainda para nós a raiz santa da qual Jesus germinou."
O chefe da Igreja Católica adiantou ainda que, devido aos seus íntimos laços com os judeus na sua Argentina natal, ele tinha muitas vezes, em oração "também questionado Deus, especialmente quando a minha mente percorreu a memória da terrível experiência da Shoah (Holocausto)."

"OS JUDEUS TÊM MANTIDO A SUA FÉ EM DEUS"
E acrescentou: "Aquilo que lhe posso dizer, com o apóstolo Paulo, é que a fidelidade de Deus à aliança feita com Israel nunca falhou e que mesmo através das terríveis provas destes séculos passados, os judeus têm mantido a sua fé em Deus. E que por isso nunca conseguiremos ser-lhes suficientemente gratos, não só como Igreja, mas também como humanidade."
Francisco I asseverou ainda que ao fazê-lo, os judeus serviram de exemplo aos cristãos. "Precisamente ao perseverarem na fé no Deus da Aliança, eles chamaram a nossa atenção como cristãos para o facto de estarmos sempre aguardando como peregrinos o retorno do Senhor, devendo estar por isso sempre abertos a Ele e nunca nos refugiarmos naquilo que já temos alcançado."

UM CAMINHO PRÉ-DETERMINADO
Esta aproximação do "papa" aos judeus segue o trilho que ele mesmo estabeleceu logo após a sua posse, tendo recentemente declarado publicamente que "um cristão não pode ser um anti-semita" e que "para ser-se um bom cristão é preciso compreender as tradições e a história dos judeus."
Onde irá acabar este "namoro" inédito entre o chefe católico e os judeus? Certamente no apoio de um grande líder religioso a um acordo de paz proposto pelo falso Cristo aos judeus e árabes. Este líder religioso assumirá o papel de falso profeta, o enganador, pelo que esta "viragem" do líder supremo da Igreja Católica Romana não é de surpreender, antes pelo contrário, é mais um sinal de que se aproxima o tempo do fim...para desgraça de Israel, que será tragicamente enganado por esse falso acordo de paz...
Shalom, Israel!


1 comentário:

Vicente Francimar de Oliveira disse...

Fortaleza, 19.2.2020.
É incrível que 7 anos depois do pronunciamento do Papa sobre os judeus, texto tão simpático e acolhedor não tenha recebido um só comentário às palavras do Papa Francisco. Como ex-católico e atual adepto do Judaismo, só posso aplaudir as palavras amistosas do Papa para com o Judaismo. Se as duas religiões mantiverem sempre um bom convívio, terão muitos anos de paz e harmonia e ambas poderão continuar em seu caminho de proteção aos respectivos prosélitos e simpatizantes. Shalom para todos. Elisha ben Avraham.