Muitos estudiosos da Bíblia questionam-se como seria possível num só dia baptizar 3 mil pessoas em Jerusalém, sem que ali passasse nenhum rio, nem existisse nenhum lago ou mar nas imediações.
Cinquenta dias depois da Páscoa judaica que o Messias Jesus celebrou com os Seus discípulos, a Sua promessa de enviar o Espírito Santo para baptizar os Seus seguidores (discípulos) cumpriu-se exactamente durante a Festa das Semanas - Shavuot - conhecida como "Pentecoste".
Conforme o relato bíblico de Lucas, naquela manhã, o Evangelho foi proclamado pelo apóstolo Pedro e pelos 120 judeus reunidos naquele Cenáculo, em muitas línguas, tendo todos os milhares de ouvintes escutado e entendido as maravilhas de Deus.
Como resultado da conversão de 3000 pessoas, e seguindo o mandamento dado pelo Messias, todas aquelas pessoas foram baptizadas naquele mesmo dia, obviamente na Cidade santa de Jerusalém.
A pergunta então é: visto que o rio mais próximo é o Jordão, próximo de Jericó, e não havendo meios de transporte capazes, como seria possível baptizar todas aquelas pessoas num curto espaço de tempo?
A resposta é simples e objectiva, mas é obviamente necessário conhecerem-se as condições presentes na época que possibilitariam essa mega-sessão de baptismos.
FORMA DE BAPTISMO
Em primeiro lugar, há que entender como as pessoas eram baptizadas - na língua hebraica: imersas - na água. A visão moderna cristã de uma pessoa candidata ao baptismo a descer às águas do rio com um pastor ou baptizador (às vezes até 2) a mergulhar horizontalmente a pessoa na água não corresponde à forma da imersão da época de Jesus.
ORIGEM DO RITUAL DA IMERSÃO
O baptismo - imersão - não é contudo uma iniciativa cristã, mas antes uma prática judaica seguida ao longo de gerações, muito antes da vinda de Jesus à terra. De facto, os próprios sacerdotes tinham de ser mergulhados - baptizados - em água, como parte da sua consagração ao serviço divino - Êxodo 29:4.
O baptismo cristão seguiu inicialmente o rito judaico do ritual da purificação - em que a pessoa descia sozinha os degraus de um tanque - mikveh - com águas recolhidas das chuvas ou águas correntes, e mergulhava sozinho 3 vezes seguidas, no sentido vertical, como forma cerimonial e simbólica de purificação, ficando assim "puro" para oferecer a sua oferta sacrificial no Templo de Jerusalém. Nenhum homem podia subir ao Templo de Jerusalém para oferecer um sacrifício ou ministrar ao Senhor sem antes passar pelo mikveh, simbolizando dessa forma a sua purificação pessoal.
Estas imersões - baptismos - de purificação também eram feitas quando alguém se convertia ao judaísmo, e pelas mulheres logo após o período menstrual e antes do casamento.
Outros judeus, vivendo mais próximos de rios, faziam esse ritual de purificação mergulhando totalmente nas águas do rio, sempre na presença de alguma testemunha, chamado de baptizador.
Veja-se por exemplo o caso do sírio Naamã, que mergulhou 7 vezes no rio Jordão, tendo ficado limpo da sua lepra, e do convite ao baptismo feito por João Baptista e que levou milhares a descerem às águas do rio Jordão para serem imersos como demonstração de arrependimento dos seus pecados e preparação individual para a entrada no Reino de Deus.
A imersão era total, segundo o mandamento bíblico "toda a sua carne banhará com água" (Levítico 15:16).
O próprio Messias Jesus cumpriu este ritual, mergulhando inteiramente na água "...sendo Jesus baptizado, saiu logo da água..." (Mateus 3.16), não para purificação de pecados mas para "cumprir toda a justiça".
DEZENAS DE MIKVEHS ENCONTRADOS EM JERUSALÉM À VOLTA DO TEMPLO
Como então foram baptizadas 3 mil pessoas num só dia em Jerusalém?
Os arqueólogos têm recentemente realizado muitas escavações à volta do lugar do antigo Templo de Jerusalém e têm trazido à luz cerca de 50 tanques de imersão - mikvehs - que eram utilizados pelos judeus na época do Segundo Templo, portanto na época do Messias Jesus.
O respeitado historiador Flávio Josefo descreveu que mesmo durante o período das guerras com os judeus - 66 - 73 d.C. - as leis dos rituais de purificação continuaram a ser escrupulosamente seguidas pelos judeus, obviamente nestes mikvehs agora descobertos.
MIKVEH JUNTO AO TEMPLO DE JERUSALÉM |
Desta forma, distribuindo aquelas 3 mil pessoas pelos vários tanques de imersão, o baptismo das mesmas seria uma questão de poucas horas - talvez durante as primeiras horas da tarde.
Esta questão perturbou os estudiosos da Bíblia durante séculos, levando alguns até a defender o baptismo por "aspersão", uma vez que não conseguiam explicar o baptismo de tantas pessoas num só dia. Obviamente que o único baptismo praticado na época era o da imersão total do corpo, e o mistério fica agora resolvido com a impressionante descoberta destas 50 mikvehs à volta das ruínas do Templo.
Muitas mais poderão ainda ainda surgir, à medida que a arqueologia for escavando mais espaços, mas estas cerca de 50 mikvehs já bastariam para que 3.000 novos discípulos de Yeshua cumprissem o Seu mandamento de "crer e ser baptizado."
Shalom, Israel!
3 comentários:
Que noticia interessante! Gosto muito do seu blog. Visito todos os dias!
Hosana nas alturas!!!!
Impressionante!Então cumpriu o Senhor as Leis do seu Pai e seu D'us e todos aqueles que iam sendo salvos também eram purificados, não só no corpo, mas também no espírito.Aleluia!!
SHALOM ISRAEL também é cultura Bíblica.
=)
Fabiana
Brazil
Tá!!! Então o problema era isso!!! Ok!! Eu vou fingir que acreditei.....
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