Confirmando a crispação existente entre a Casa Branca e Jerusalém por causa do discurso de quinta-feira do presidente Obama, em que este propunha que Israel regressasse às fronteiras de 1967, o primeiro-ministro israelita, no seu encontro com Obama ontem de manhã rejeitou categoricamente qualquer retorno a essa situação, uma vez que isso tornaria Israel "indefensável". A permuta de territórios proposta por Obama é também uma "idiotice" vinda de alguém que não tem a mínima noção da realidade no terreno. O encontro tinha sido previsto para durar uma hora, mas acabou por se arrastar por duas horas, uma vez que na agenda havia muita matéria para abordar entre os dois líderes que aparentemente continuam de costas voltadas um para o outro.
Algumas áreas de acordo foram entretanto discutidas entre ambos, como foi a questão do Irão e as revoluções no mundo árabe.
"Ao mesmo tempo que Israel está preparado para fazer generosos compromissos pela paz, não pode voltar às fronteiras de 1967" - afirmou Netanyahu sentado ao lado de Obama no salão oval da Casa Branca.
"Estas linhas são indefensáveis, porque não têm em conta certas mudanças que têm tido lugar no terreno, alterações demográficas".
Logo a seguir à reunião, um conselheiro israelita comentou a fórmula proposta por Obama: "Simplesmente não irá funcionar".
Ainda bem. E não irá mesmo. Obama cairá, mas Israel nunca!
Numa coisa porém os dois líderes estiveram de acordo: Israel não falará nem negociará com o Hamas, uma vez que, nas próprias palavras de Obama, o Hamas "não é um parceiro para um processo de paz realista e significativo."
Shalom, Israel!
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