A Direcção do Festival de Cannes expulsou o laureado realizador dinamarquês Lars Van Trier após este ter declarado publicamente a sua simpatia para com os nazis e dizer que Israel era "uma dor de cabeça".
Numa conferência de imprensa ontem realizada, o realizador cinematográfico declarou-se nazi, e um simpatizante de Hitler.
"Os directores do festival ...lamentam profundamente que este fórum tenha sido usado por Lars Van Trier para expressar comentários que são inaceitáveis, intolerantes, e contrários aos ideais da humanidade e generosidade que presidem sobre a própria existência do festival." - declararam os directores do Festival de Cannes num comunicado ontem divulgado.
"O conselho da direcção condena firmemente estes comentários e declara Lars Van Trier persona non grata no Festival de Cannes com efeitos imediatos."
Num estranho e incoerente discurso, o director dinamarquês expressou verbalmente a uma audiência pasmada na passada quarta-feira de manhã, durante o Festival de Cinema de Cannes, que para ele Israel era "uma dor de cabeça" e que ele mesmo era nazi.
Numa conferência de imprensa para comentar o filme "Melancholia", pediram ao director que ganhou a "Palma de Ouro" em 2000 que explanasse os comentários que tinha anteriormente feito acerca do seu interesse na estética nazi.
E ele respondeu: "Eu pensei por muito tempo que era judeu, e estava muito feliz por ser um judeu." - disse van Trier, que, segundo biografias, só descobriu no leito de morte da sua mãe que o seu pai não era quem ele julgava ser.
"Então, mais tarde, apareceu a directora (judia e dinamarquesa) Susanne Bier, e então de repente deixei de me sentir feliz por ser judeu. Não, isto foi uma brincadeira, desculpem." E continuou: "Mas acabei sabendo que não era judeu, mas mesmo que o tivesse sido, eu seria um judeu de segunda classe, porque existe uma espécie de hierarquia na população judaica. Mas, de qualquer forma, eu queria mesmo era ser um judeu e e então descobri que era nazi, vocês sabem, porque a minha família vinha da Alemanha...o que também me deu algum prazer..."
A "estrela" do fime "Melancholia" Kirsten Dunst parecia estar desconfortável enquanto ele fazia estes comentários, o que apanhou os repórteres de surpresa.
"Que posso eu dizer?" - adiantou o nazi - "Eu compreendo o Hitler. Penso que ele fez algumas coisas erradas , sim, concerteza, mas posso vê-lo sentado no seu bunker na parte final. Eu penso que entendo o homem. Ele não é aquilo que se poderia chamar de um bom tipo, mas eu entendo muito dele e simpatizo com ele um pouquinho. Mas, calma, eu não sou a favor da 2ª Guerra Mundial, eu não sou contra os judeus."
"Eu sou, claro, muito pelos judeus. Não, não demasiado, porque Israel é uma dor de cabeça".
O director cinematográfico expressou ainda a sua admiração pelo arquitecto nazi Albert Speer, antes de terminar outra desconcertante afirmação com: "OK, eu sou nazi."
OK, seu nazi, nem receberás homenagens - ainda que o teu espectacular filme "Melancholia" venha a vencer o festival - nem poderás participar neste festival durante os próximos anos. Talvez aquela palavra que tatuaste na tua mão direita se aplique verdadeiramente à tua pessoa...tu e o Hitler juntos farão uma boa dupla!
Fez-se justiça. Viva Cannes! Shalom, Israel!
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