HÁ UM ANO FOI ASSIM...ESPEREMOS QUE NÃO SE REPITA |
As Forças de Defesa de Israel (FDI) preparam-se para uma possível invasão das fronteiras israelitas como parte da "Marcha Global a Jerusalém" marcada para a próxima sexta-feira, dia 30 de Março. Israel emitiu um claro aviso aos países árabes e à Autoridade Palestiniana contra a realização desta marcha.
Soldados destacados ao longo das fronteiras de Israel têm sido instruídos para aumentarem o nível de alerta. As preparações das FDI baseiam-se na operação "Sementes de Verão" que visa confrontar qualquer faísca provocada pela proposta de um estado palestiniano feita no ano passado. Nessa altura Israel temeu insurreições árabes e palestinianas.
As tropas terão à sua disposição os meios de dispersão de multidões adquiridos para enfrentar as consequências da proposta dos palestinianos à ONU. Vários batalhões foram também assegurados como forças auxiliares caso a necessidade a tal obrigue.
Desde os violentos eventos do Dia Nakba e Dia Naksa no ano passado que as corporações de engenheiros das FDI têm realizado actualizações ao longo da fronteira com a Síria. A antiga divisória foi substituída e têm sido abertas covas ao longo da fronteira.
As forças serão instruídas a prevenirem qualquer violação à soberania de Israel, com um mínimo de dano aos protestantes, no caso de estes se aproximarem da fronteira. Oficiais da segurança têm coordenado esforços com as forças de segurança palestinianas de forma a prevenir qualquer extravasar de violência contra Israel.
Durante o passado fim de semana o jornal londrino al-Sharq al-Awsat relatou que Israel tinha enviado um aviso aos governos da Síria, Líbano, Egipto, Jordânia, ao Hamas em Gaza e à Autoridade Palestiniana a seguir aos eventos dos dias de Nakba e Naksa. Israel exigia que esses países e organizações não permitissem marchas nas suas fronteiras que pudessem fazer escalar a situação na região.
O porta-voz do governo da Jordânia disse em resposta que "a Jordânia não recebeu qualquer mensagem oficial de Israel sobre a prevenção da Marcha Global a Jerusalém", acrescentando que o governo não pode impedir pessoas de exprimirem exigências, desde que realizadas num modo não violento. O movimento da Irmandade Muçulmana da Jordânia vincou que a marcha não será violenta e que os seus homens não tentarão atravessar as fronteiras.
Durante o passado fim de semana, participantes asiáticos da Marcha Global realizaram uma demonstração diante da embaixada de Israel na Turquia exigindo a Israel que "libertasse a Palestina da ocupação israelita". Um artista iraniano afirmou que a questão palestiniana é o assunto mais importante da humanidade.
Um activista turco disse que "estamos lembrados daquilo que disse o Ayatollah Khamenei; que se cada muçulmano despejasse um balde de água sobre a entidade israelita, ela se afogaria". O activista apelou a todos os muçulmanos para que seguissem no caminho de Khamenei, de forma a libertarem a Palestina.
A media árabe tem estado a relatar que o primeiro grupo da delegação asiática chegou no passado sábado a Damasco para poder tomar parte no protesto.
Activistas envolvidos na organização da marcha disseram que um outro grupo originário de 15 países asiáticos chegará à Síria por terra. Foi ainda adiantado que nos próximos dias várias marchas terão início na Síria.
Entretanto, o Alto Comité de Monitorização Árabe está planeando realizar os eventos relacionados com o Dia da Terra neste fim de semana. Os organizadores decidiram que a bandeira palestiniana será a única a ser desfraldada, e isso em todos os eventos.
O Comité decidiu que os eventos deste ano que terão lugar na sexta-feira serão realizados sob o lema: "Salvem as terras e previnam a judaização de Jerusalém". Esperam-se milhares na principal parada em Dir Hana, na Baixa Galiléia.
Segundo um dos responsáveis, Mohamed Zidan "O Dia da Terra recorda-nos os mártires que caíram e merecem ser lembrados. Exigimos que a polícia não entre em cidades árabes no Dia da Terra para que assim a ordem seja mantida sem distúrbios".
Uma marcha de protesto deverá partir do porto de Jaffa no sábado e, segundo os organizadores, esperam-se 6.000 participantes.
O superintendente da polícia israelita Yehuda Maman informou que "tal como acontece em todos os anos, as forças policiais permanecerão fora das aldeias árabes. Os oficiais da polícia estão em permanente comunicação com os líderes do sector árabe num esforço para manter uma atmosfera calma. Permitiremos que hajam desfiles, mas não permitiremos distúrbios ou desobediência à lei".
Shalom, Israel!
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