Neste ano de eleições em alguns dos países mais influentes do mundo (Rússia, com a eleição do czar Putin para presidente), nos Estados Unidos (com a disputa entre um dúbio Obama e os candidatos republicanos prometendo apoio a Israel) e na França (com a dificuldade de Sarkozy, já desgastado, em conseguir reeleger-se como presidente), as promessas dos candidatos relacionadas com Israel não páram de surgir, como que mostrando que o tipo de ligação a Israel determinará a vitória nas eleições.
Sarkozy, ele próprio descendente de judeus, tem desde há algum tempo tentado liderar o processo de paz do Médio Oriente, não o tendo conseguido contudo, muito em parte devido à predominância dos EUA nestes acordos e os impasses criados pelos palestinianos, obviamente secundados pela Rússia e pela União Europeia.
Mas Sarkozy não desiste, e vê numa nova tentativa de se involver no "processo de paz" um trunfo para as suas ambições presidenciais...
Ontem mesmo Nicolas Sarkozy prometeu que se for reeleito, a sua segunda visita ao exterior será a Israel e às regiões controladas pela Autoridade Palestiniana.
Segundo a agência AFP, o propósito desta visita seria para dar "um empurrão" à iniciativa europeia para a paz no Médio Oriente.
"Espero que a França, e por trás da França toda a Europa, tomem a iniciativa, para que assim 2012 venha a ser o ano da paz entre Israel e os palestinianos" - disse alegadamente Sarkozy numa entrevista à TV na sua campanha para a reeleição.
Sarkozy acrescentou que no caso de ser reeleito, a sua primeira visita ao exterior será à Alemanha, mas visitará Israel e a Autoridade Palestiniana num espaço de "alguns dias" depois, para tentar recomeçar o processo de paz.
Sarkozy acrescentou que no caso de ser reeleito, a sua primeira visita ao exterior será à Alemanha, mas visitará Israel e a Autoridade Palestiniana num espaço de "alguns dias" depois, para tentar recomeçar o processo de paz.
"Lamento que a Europa não tenha sido mais determinada" - disse o actual presidente na entrevista, referindo-se às tentativas internacionais actualmente congeladas para renovar o processo de paz entre Israel e a AP.
Face às eleições nos EUA neste ano, o presidente francês expressou dúvidas de que os Estados Unidos venham a desempenhar o seu papel habitual de promotor do processo de paz no Médio Oriente nos próximos meses.
Face às eleições nos EUA neste ano, o presidente francês expressou dúvidas de que os Estados Unidos venham a desempenhar o seu papel habitual de promotor do processo de paz no Médio Oriente nos próximos meses.
"Há também uma eleição presidencial nos Estados Unidos" - disse Sarkozy, acrescentando: "O presidente Obama, um grande presidente, não tomará a iniciativa antes de ser reeleito - e espero que venha a sê-lo - mas há um lugar para a França e um lugar para a Europa". A Jordânia recebeu recentemente uma série de "reuniões exploratórias" entre representantes de Israel e da AP, no entanto o processo de paz continua congelado, uma vez que o líder palestiniano Abbas continua impondo pré-condições para as negociações.
Foi divulgado na semana passada que o ministro jordano para as Relações Exteriores Nasser Judeh irá entregar uma carta na qual o governo de Israel e a Autoridade Palestiniana detalham as suas condições para que as conversações para a paz possam ser reatadas.
A carta repete as anteriores exigências da AP e que são vistas pelas autoridades israelitas como uma desculpa para bloquear as conversações. Nestas inclui~se a exigência feita a Israel para aceitar as linhas fronteiriças anteriores a 1967 como base para as futuras fronteiras, a libertação de terroristas presos antes de 1994, e o bloqueamento da construção de aldeamentos nos "territórios disputados".
A AP tem também ameaçado cancelar todos os acordos assinados depois do ano 2000 se Israel não concordar com as suas exigências antes das conversações para a paz.
Caso venha a ser reeleito - um sinal enigmático - Sarkozy poderá tentar tomar nas mãos as rédeas deste processo, tentando empurrar a Europa para o palco central dos acontecimentos. Tal não me causará qualquer admiração, uma vez que desde há muito vejo em Sarkozy uma figura enigmática e que poderá revelar características pouco vistas em outros líderes mundiais para a liderança deste processo. A ver vamos...
Shalom, Israel!Caso venha a ser reeleito - um sinal enigmático - Sarkozy poderá tentar tomar nas mãos as rédeas deste processo, tentando empurrar a Europa para o palco central dos acontecimentos. Tal não me causará qualquer admiração, uma vez que desde há muito vejo em Sarkozy uma figura enigmática e que poderá revelar características pouco vistas em outros líderes mundiais para a liderança deste processo. A ver vamos...
Sem comentários:
Enviar um comentário