domingo, março 04, 2012

NETANYAHU VAI ENCOSTAR OBAMA À PAREDE NUMA SEMANA DECISIVA

Este será o 9º, mas talvez o mais decisivo encontro entre os 2 líderes
Segundo relata hoje o jornal britânico "London Telegraph", o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, de visita a partir de hoje aos EUA, irá entregar um ultimato ao presidente Barack Obama em que avisa que se os EUA não atacarem em breve o Irão, Israel irá então fazê-lo.
O secretário da Defesa dos EUA Leon Panetta disse no mês passado haver uma "forte probabilidade" de um ataque de Israel em Junho. Se o primeiro-ministro de Israel entregar um ultimato a Obama, isso dará aos Estados Unidos 2-3 meses para agirem ou encararem a realidade de um ataque da parte de Israel que iria quase seguramente requerer que os Estados Unidos viessem em socorro de Israel, caso tal fosse necessário.
Os líderes israelitas têm dito que dentro de alguns meses o Irão já terá "sepultado" muitas das suas estruturas nucleares debaixo de bunkers de cimento armado, em montanhas, tornando ineficaz qualquer ataque.
"Reassumindo confiança, o sr. Netanyahu traz efectivamente com ele um ultimato, exigindo que a menos que o presidente americano faça uma promessa firme de utilizar a força militar dos EUA para impedir que o Irão adquira uma bomba nuclear, Israel pode muito bem tomar o assunto em mãos dentro de meses" - afirma o correspondente Blomfield, do diário britânico.

Ele citou ainda fontes e analistas que alegam que a revolta árabe que se iniciou há um ano na Síria, país de que o Irão depende para manter o "eixo do mal" com o Líbano, o Hezbollah e o Hamas, tem enfraquecido o Irão e também o regime de Damasco.
Um outro factor que ele não mencionou é que o actual presidente Obama está a candidatar-se para a reeleição. Um falhanço em apoiar Israel, caso se torne necessário, poderia torpedear a sua campanha. Por outro lado, os candidatos presidenciais republicanos Newt Gingrich e Mitt Romney irão esta semana discursar na convenção anual do Comité para as Relações Públicas Israelo-Americanas (AIPAC). O presidente Obama, o primeiro-ministro Netanyahu e o presidente Peres irão também discursar.
O presidente e o primeiro-ministro irão muito provavelmente mostrar ao público uma imagem de unidade quando se reunirem esta semana, mas o primeiro-ministro irá certamente dizer ao presidente Obama em privado que Israel não pode esperar muito mais por um ataque militar para parar ou pelo menos atrasar o programa nuclear não supervisionado do Irão.
 O presidente Obama arruinou a sua já moribunda imagem pró-Israel no ano passado, ao ter admoestado directamente o primeiro-ministro Netanyahu por causa da continuação da construção de casas naquilo que o presidente americano apelidou de aldeamentos "ilegais". Como resposta, o primeiro-ministro deu ao presidente Obama uma lição sobre os factos da vida real no conflito israelo-árabe.
O Ministro da Defesa de Israel Ehud Barak afirmou recentemente que se o governo de Netanyahu atacar o Irão, Israel conseguirá defender-se contra um contra-ataque iraniano.
"Não será fácil" - afirmou um ex-oficial do Ministério da Defesa ao jornal londrino. "Serão disparados rockets contra cidades israelitas, incluindo Tel Aviv, mas ao mesmo tempo o cenário apocalíptico de que alguns têm falado é improvável. Não penso que entraremos numa guerra total".
Esta será certamente uma  semana decisiva para a questão do provável ataque às instalações nucleares iranianas. É hora de Obama dar realmente a cara, deixando-se da habitual duplicidade, e agir, fazendo um favor a si mesmo e ao mundo inteiro, ajudando o planeta a ver-se livre de uma ameaça letal que pode pôr em causa a própria segurança dos EUA, já para não falar da sobrevivência de Israel...
Shalom, Israel!

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