Em mais um doloroso e controverso gesto de boa vontade, o governo de Israel aprovou esta manhã por uma maioria de 13 votos a favor e 7 contra, a libertação de um grupo de 104 palestinianos presos em cadeias israelitas, mesmo apesar da indignação e repúdio das famílias das pessoas que foram assassinadas por estes terroristas.
Logo após esta dolorosa e difícil resolução, o primeiro-ministro Netanyahu afirmou: "Este não é um momento fácil para mim. Não é fácil para os ministros do gabinete, e não é nada fácil para as família enlutadas em particular."
E acrescentou: "Há momentos em que decisões difíceis têm de ser tomadas para benefício do Estado, e este é um desses momentos."
AGITAÇÃO NA COLIGAÇÃO GOVERNAMENTAL
A decisão provocou muita agitação entre os ministros do governo, pondo até a coligação em risco. Para acalmar os ânimos, Netanyahu teve de alegar que apesar do elevado preço, "não entrar no processo de paz também traz um preço. Entrar no processo fará avançar os interesses estratégicos de Israel. Qualquer provocação por parte dos palestinianos interromperá logo a libertação dos prisioneiros."
Um dos ministros que votou contra, Naftali Bennet, afirmou que a decisão é muito difícil: "Libertámos uma vez um terrorista em troca de um soldado israelita vivo; depois, libertámos centenas de terroristas em troca de um soldado vivo; trocámos depois terroristas por soldados mortos; e agora 100 terroristas por um 'processo'. Estamos a ensinar ao mundo que connosco tudo é negociável."
PROTESTOS DAS FAMÍLIAS VITIMADAS |
Todos os ministros estão de acordo que a decisão é dolorosa, difícil e tem como único objectivo dar um grande sinal de boa vontade já antes do início das conversações com os palestinianos.
REFERENDO NACIONAL
Hoje mesmo o governo aprovou também uma proposta através da qual qualquer decisão de retirada e consequente entrega de terra aos palestinianos como parte do "acordo de paz" terá de ser referendada entre a população israelita, uma vez que, segundo Netanyahu, qualquer decisão trágica como esta deve envolver todo o cidadão de Israel.
Israel mais uma vez a pagar um altíssimo preço para conseguir a paz com os seus inimigos. E os inimigos de Israel o que é que dão em troca? O habitual: pedras, ameaças e ódio...
Shalom, Israel!
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