As nações árabes muçulmanas que contornam Israel estão em grande agitação, preocupando não só o vizinho estado hebraico, mas também os detentores dos grandes interesses na região, como é o caso dos Estados Unidos, Reino Unido, França e até a Rússia.
MANIFESTANTES PRÓ-MORSI |
As recentes revoltas no Egipto contra a governo pró-islâmico e pró-Hamas de Morsi, levando a que milhões de pessoas invadissem novamente as ruas e as praças das grandes cidades egípcias, provocando a rápida intervenção das Forças Armadas, são a prova bem clara que há no mundo árabe islâmico uma crescente insatisfação com a islamização da sociedade, completamente incompatível com os valores democráticos e modernos que os jovens em especial desejam como modelo para os seus países.
A "matança" de um número ainda indeterminado de apoiantes de Morsi ontem à noite pelas forças de segurança egípcias é um prenúncio preocupante de que as posições - já extremadas - podem acabar por se degladiar num combate sem tréguas, aumentando em muito a instabilidade da região.
OPERAÇÃO EGÍPCIA NO SINAI |
"LIMPEZA" NO SINAI
Hoje mesmo as forças armadas do Egipto estão a iniciar uma "limpeza" dos ninhos de terroristas no Sinai, numa operação denominada "Tempestade no Deserto", visando controlar a fronteira com Israel e impedir a passagem de armas e munições para o Hamas, o grupo terrorista que domina a Faixa de Gaza.
O SINAL TURCO
O "sinal" foi dado há poucos meses na Turquia, um país que não sendo árabe, é no entanto de maioria islâmica, mas até pela sua posição geográfica o mais próximo da Europa e dos seus valores democráticos. A tendência do primeiro-ministro Erdogan para islamizar a sociedade turca gerou ondas de choque provocadoras de grandes revoltas nas grandes cidades de um país que anseia a todo o custo fazer parte do clube europeu.
DESTRUIÇÃO EM HOMS, SÍRIA |
O DESCALABRO SÍRIO
A guerra civil na Síria provocada por grupos rebeldes que visam derrubar o governo de Assad está completamente fora de controle, tendo-se tornado num autêntico tabuleiro do xadrez geopolítico internacional no qual as grandes potências investem cada vez mais os seus interesses financeiros, através da venda massiva de armas aos rebeldes sírios por um lado (EUA e Europa), e ao governo por outro, como é o caso da Rússia e do Irão.
O conflito sírio é extremamente preocupante, não só pelo verdadeiro genocídio a que ali se assiste, mas pelo que poderá acontecer no caso de existir um vazio governamental. Os grupos rebeldes, agora "unidos" pelo objectivo comum de derrubar Assad, virar-se-ão uns contra os outros pela ávida conquista do poder, num verdadeiro ninho de cobras em que se movem perigosíssimos grupos terroristas como o Hezbollah e o Hamas.
ISRAEL NO MEIO DO CONFLITO
Não se intrometendo nos assuntos internos desses países, Israel segue obviamente com preocupação as movimentações violentas experimentadas numa base quase diária nesses países vizinhos, já que todos eles têm em comum o ódio a Israel e o anseio de ver os judeus todos atirados ao mar. Desse sonho eles não desistem nunca.
Sabendo-se já que arsenais de armas químicas sírias caíram nas mãos do Hezbollah, o grupo terrorista que controla na prática o vizinho Líbano, Israel reforçou as fronteiras a Norte, mobilizando forças e preparando a população para um eventual ataque com armas químicas. Não menos perigoso é o arsenal enorme de rockets nas mãos dos terroristas e apontados para as principais cidades de Israel.
Tentar antever o futuro próximo daquela região onde tudo pode acontecer de um momento para o outro é como dar um tiro no escuro. Há na verdade grandes forças que se esforçam para impedir uma islamização da sociedade, mas por outro lado as populações mais tradicionais apelam a um maior compromisso para com os valores tradicionais islâmicos, estando a ser perigosamente influenciadas e apoiadas pelos grupos islâmicos radicais, na sua maior parte vindos do exterior, mas ligados a uma agenda comum.
Israel está vivendo o período mais delicado dos últimos anos da sua ainda recente história moderna. E é nesta altura de grande fragilidade e preocupação na sociedade hebraica que os EUA tentam empurrar Israel a fazer dolorosos acordos com os palestinianos, ávidos de terra. Quando digo "ávidos de terra", quero significar: toda a Terra de Israel! Nada mais, nada menos. E a Europa, no seu papel de tradicional hipocrisia, de olhos fechados em relação ao genocídio sírio onde crianças são diariamente chacinadas, continua a boicotar a liberdade de Israel para se expandir e construir na sua terra, a Terra da promessa dada por Deus a um só povo: os filhos de Abrãao, Isaque e Jacob. Mas, tal como sempre aconteceu na História das civilizações, a Europa e os EUA pagarão um alto preço pela sua obstinação e opressão a um povo que está ali para ficar, contra tudo e contra todos, pois foi ali colocado por Deus!
Shalom, Israel!
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