Foi hoje a sepultar na sua quinta privada, no deserto do Negueve, a sul de Israel, o incontestável líder judeu, Ariel Sharon, cuja última frase ouvida ainda antes de ter entrado em estado de coma foi: "Sou um judeu".
Várias cerimónias fúnebres foram realizadas esta manhã na Capital eterna, Jerusalém, seguindo-se uma paragem simbólica em Latrum.
A manhã começou com a primeira cerimónia no parlamento de Israel, o Knesset, com a presença de todo o governo e parlamento de Israel e altos representantes de vários países amigos de Israel, incluindo o vice-presidente dos EUA, Joe Biden e o primeiro-ministro da República Checa.
TONY BLAIR, SARA E BENJAMIN NETANYAHU E JOE BIDEN |
Um grande cortejo seguiu depois até Latrum, local onde o ainda jovem Ariel Sharon - com 20 anos de idade - ficou gravemente ferido durante uma sangrenta batalha contra os árabes durante a Guerra da Independência.
Quando descia à cova, na sua propriedade privada "Sycamore Ranch", para ser sepultado ao lado da sua esposa, o general Benny Gantz, comandante supremo das Forças de Defesa de Israel proferiu as seguintes palavras: "O exército de Israel continuará a marchar ao som dos teus passos."
"A ESPERADA SAUDAÇÃO PALESTINIANA"
E, tal como se previa, os terroristas saudaram a morte do seu inimigo disparando vários rockets desde Gaza com direcção ao local onde se realizou o sepultamento de Sharon. Israel já retaliu.
CITAÇÕES DAS HOMENAGENS DESTA MANHÃ
No seu discurso no funeral, Joe Biden referiu-se a Sharon como tendo "um inquebrável compromisso com a segurança e o futuro do seu povo, seja agora ou daqui a 300 anos." E acrescentou:
"Tal como todos os líderes históricos, ele tinha uma estrela polar que o orientava. Uma estrela polar da qual - na minha opinião - ele nunca se desviou. A sua estrela polar era a sobrevivência do estado de Israel e do povo judeu."
No seu tributo a Sharon, o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair elogiou a paixão do herói pelo bem estar de Israel: "A mesma determinação de ferro que ele levava ao campo de batalha, ele levava à câmara da diplomacia. Quando isso significava lutar, ele lutava; quando isso significava fazer a paz, ele procurava a paz."
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, elogiou Sharon como sendo "um dos maiores generais que o povo judeu e as Forças de Defesa de Israel jamais tiveram. A independência de Israel dependeu de uma geração de lutadores judeus que renovaram a nossa herança de heroísmo judeu na Terra de Israel, e Sharon teve um papel primordial na construção desta herança."
A TERRA TREMEU...
Por incrível coincidência, registou-se um sismo de intensidade 3,5 na escala de Richter no Norte da Galiléia, praticamente à mesma hora do sepultamento de Ariel Sharon. O tremor foi sentido pelos residentes à volta do Mar da Galiléia. Seria uma homenagem da Natureza à força deste grande homem?
REPRESENTAÇÕES INTERNACIONAIS
Vários líderes internacionais fizeram-se representar nas cerimónias fúnebres de Ariel Sharon. Como se comprova pelas presenças, foram os países mais amigos de Israel que se fizeram representar, homenageando dessa forma um incontestável líder que lutou para salvar o seu povo e a sua nação.
De todos, quero destacar a presença do primeiro-ministro da República Checa, país que não pára de me surpreender e causar admiração pela sua postura correcta em relação a Israel, tendo sido o único país da União Europeia que votou contra a elevação do estatuto dos palestinianos quando da votação realizada nas Nações Unidas.
Estiveram então presentes o vice-presidente dos E.U.A., Joe Biden, Tony Blair, ex-primeiro ministro do Reino Unido e actual delegado europeu para o Médio Oriente, Hugh Robertson, ministro de estado do Reino Unido, Jiri Rusnok, primeiro-ministro da República Checa, Julie Bishop, ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Frank Walter Steinmeier, ministro federal dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Sergey Narishkin, chairman da Duma, Rússia, Liviu Dragnea, vice-primeiro ministro da Roménia, Gerald Klug, ministro da defesa Nacional e do Desporto da Áustria, Fotis Fotiou, ministro da Defesa de Chipre, Dimitris Avrampolous, ministro da Defesa da Grécia, Tomasz Siemoniak, ministro da Defesa Nacional da Polónia, Chris Alexander, ministro da Imigração e Cidadania do Canadá, Wim Kok, ex-primeiro ministro da Holanda e representando o Grã-Ducado do Luxemburgo, Armand De Decker, segundo vice-presidente do senado da Bélgica, Masagos Zulkifli, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura, Angel Velitchkov, deputado ministro dos Negócios Estrangeiros da Bulgária, Hélène Conway-Mouret, ministra delegada para os franceses no estrangeiro do ministério dos Negócios Estrangeiros da França, Marta Dassu, deputada ministra dos Negócios Estrangeiros da Itália, Janos Fonagy, secretário de estado parlamentar para o Desenvolvimento Nacional da Hungria, Samuel Schmid, ex-presidente da Suíça, Wang Changyi, ex-embaixador da República Popular da China em Israel, Wegger Strommen, director político do ministério dos Negócios Estrangeiros da Noruega e Jorge Fernandez Diaz, ministro do Interior de Espanha.
Um diplomata do Egipto esteve também presente, ainda que de forma discreta, nas cerimónias fúnebres.
Nenhum representante do mundo árabe, da África e da América Latina esteve presente nas cerimónias. De Portugal, nem palavra...
Shalom, Israel!
2 comentários:
APRENDI AMAR CEDO O ESTADO DE ISRAEL E COM ISSO ADMIRAR SEUS LIDERES, ARIEL SHAROM, ESSE GRANDE E INSUBSTITUÍVEL GENERAL ERA PARA MIM O ETERNO SOLDADO ISRAELENSE.
DESCANSE EM PAZ GENERAL.
Shalom Sharon!!!
A Paz seja convosco.
Fabiana
Enviar um comentário